Reajuste de preços dos combustíveis traz alívio à Petrobras
Aumento de 4% e 8% para a gasolina e o diesel dão fôlego à estatal de petróleo para cumprir seu plano de negócios
Depois de uma longa novela para decidir a fórmula de reajuste dos combustíveis, a Petrobras anunciou, por fato relevante, que os preços da gasolina e do diesel subirão, a partir de primera hora deste sábado, 4% e 8%, respectivamente. A decisão foi tomada depois da reunião do conselho de administração da estatal, realizada hoje. O assunto estava colocando em lados opostos a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que integra o conselho da companhia.
Foster esperava por essa decisão para garantir que o plano de investimento da empresa fosse mantido sem riscos para a companhia. A presidenta da Petrobras disse, há algumas semanas, que estava em estudo uma metodologia que garantisse mais previsilibidade dos preços.Na ocasião, as ações da empresa subiram depois da sua fala. Mantega, porém, temia que crescesse a ideia de que um “gatilho”, ou seja, uma fórmula de reajuste automático, fosse criado para beneficiar a Petrobras, o que poderia resultar numa indexação de preços perigosa para um país que luta contra a memória inflacionária.
Em fato relevante, a empresa explicou que o aumento anunciado hoje visa “assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação desta política de preços de diesel e gasolina.”A meta é alcançar a convergência dos preços no Brasil com as referências internacionais.
A expectativa de que a reunião traria uma decisão definitiva sobre os preços dos combustíveis fez as ações da Petrobras subirem na Bolsa de Valores. O plano da companhia é investir 236,7 bilhões de dólares até 2017 em 947 projetos, dos quais 770 já estariam em curso. O endividamento, porém, representa 3,8 vezes o Ebitda, ou seja, o lucro antes de impostos e juros, o que levou a agencia de risco Moody`s a rebaixar a nota da Petrobras de A3 para Baa1, no mês de outubro.
A revisão da nota também seria justificada em função das dificuldades de entender quando os preços dos combustíveis seriam reajustados, uma vez que a empresa era foco de controle da inflação do Governo da presidenta Dilma Rousseff. O último reajuste havia acontecido em janeiro deste ano. A alta persistente da inflação adiou a decisão. O mercado respirou aliviado com a perspectiva de que dias melhores virão para a Petrobras.
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