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Vidro à prova de balas cercará Torre Eiffel contra possíveis atentados

Segundo a prefeitura de Paris, o sistema de proteção custará cerca de 66 milhões de reais

A torre Eiffel, em Paris (França), numa imagem de 2010.
A torre Eiffel, em Paris (França), numa imagem de 2010.EFE

A Torre Eiffel, símbolo de Paris, será cercada por um vidro à prova de balas com dois metros e meio de altura, informou a prefeitura da capital francesa nesta quinta-feira. Assim, o monumento ficará protegido contra possíveis atentados terroristas. A barreira custará 20 milhões de euros (cerca de 66,61 milhões de reais) e será instalada ainda neste semestre. Substituirá as cercas de metal que atualmente estão dispostas ao longo de 324 metros ao redor da torre e foram colocadas no ano passado durante a Eurocopa.

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“A ameaça terrorista continua sendo grande em Paris e os lugares mais vulneráveis, começando pela Torre Eiffel, devem ser objeto de medidas de segurança especiais”, disse o vice-prefeito, Jean-François Martins, durante uma entrevista coletiva, como informa a agência France Presse. O perímetro de vidro impedirá que pessoas ou veículos atentem impactem contra o lugar, visitado por seis milhões de pessoas anualmente, acrescentou.

Alguns vereadores citados pelo jornal Le Parisien afirmaram temer que a parede de vidro transforme a torre numa “fortaleza”. O perímetro de segurança poderia dissuadir os turistas que quiserem simplesmente tirar uma foto sob o monumento, sem intenção de visitá-lo. Martins respondeu dizendo que os visitantes continuarão terão acesso à torre a pé, depois de passar por controles de segurança.

Alguns vereadores temem que o monumento se transforme uma “fortaleza”

O vice-prefeito disse que o fato de eliminar as cercas antiestéticas que agora rodeiam a Torre Eiffel permitirá tanto aos visitantes quanto aos parisienses ter “uma vista melhor do monumento”. Segundo disse, uma equipe de arquitetos ajudará a desenhar a parede de modo a não interferir com o Sena, que bordeia a torre ao norte, e nem com o Campo de Marte, que o faz ao sul.

A segurança foi reforçada nos pontos turísticos da França, os sistemas de transporte e os locais de culto depois de uma série de atentados jihadistas, que mataram cerca de 239 pessoas na França entre julho de 2015 e julho de 2016.

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