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Ministério Público da Colômbia faz buscas na sede de sócia da Odebrecht

Cormagdalena teria assinado contrato de 2,7 bilhões de reais com a empresa brasileira para obra hidroviária do rio Magdalena

Ana Marcos
Um dos projetos da Odebrecht no Rio de Janeiro.
Um dos projetos da Odebrecht no Rio de Janeiro.YASUYOSHI CHIBA (AFP)
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O Ministério Público da Colômbia fez buscas na manhã de quinta-feira na sede da Cormagdalena em Bogotá. Trata-se de uma das empresas colombianas que haviam assinado contrato com a Odebrecht, multada em 3,5 bilhões de dólares (12 bilhões de reais) por pagar propina para conseguir contratos em diversos países da América Latina. Ambas as empresas, em colaboração com o consórcio Navelena, tinham fechado acordo no valor de 2,5 trilhões de pesos colombianos (cerca de 2,7 bilhões de reais) para recuperar a navegação no rio Magdalena, uma das principais vias comerciais do país.

Um grupo de agentes do CTI, corpo de investigação contra a corrupção do Ministério Público colombiano, fez buscas nos escritórios da Cormagdalena para reunir elementos que provem que, no caso da Colômbia, as propinas chegam a 11 milhões de dólares (37,7 milhões de reais). O organismo ainda não deu detalhes sobre quais documentos e materiais foram analisados. Tampouco informou se esse tipo de medida será tomada nas demais empresas colombianas que assinaram contratos com a Odebrecht desde 2009.

Horas antes da atuação dos promotores, o Governo colombiano havia pedido sua intervenção em nota. A administração de Juan Manuel Santos também ofereceu colaboração às autoridades norte-americanas e solicitou todas as informações que envolvam funcionários e contratos na Colômbia. “Quando veio à tona o escândalo de corrupção da Odebrecht no Brasil, o Escritório de Transparência da Presidência pediu ao Ministério Público brasileiro todos os dados pertinentes”, diz o comunicado. “A resposta não revelou o pagamento de nenhuma propina na Colômbia, nem que foi cometido crime algum.”

Enquanto espera a divulgação dos resultados da investigação do Ministério Público, o Governo da Colômbia informou que, se ficar estabelecido que a origem do dinheiro das contratações é ilegal, “será declarada a sua cessação, sem prejuízo das ações penais correspondentes.”

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