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Novo estádio do Atlético de Madrid se chamará Wanda Metropolitano

Enrique Cerezo anuncia o novo nome do La Peineta. Distintivo do clube também será alterado

Imagem virtual do Wanda Metropolitano, o novo estádio do Atlético de Madrid.
Imagem virtual do Wanda Metropolitano, o novo estádio do Atlético de Madrid.
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O Atlético, led a led em seu novo estádio
Torcida do Atlético lembra de seu primeiro dia no Vicente Calderón

O Atlético de Madrid rebatizou seu novo estádio com o nome de Wanda Metropolitano. É para lá que o clube irá se mudar, deixando o Vicente Calderón, se as obras tiverem os prazos cumpridos, na temporada de 2017-2018. O lugar conhecido até hoje como La Peineta, com capacidade para 67.000 espectadores, ganhará, assim, o nome do velho estádio do clube, que recebeu os jogos do Atlético até 1966, quando o Calderón foi inaugurado. Também haverá mudança no distintivo do time: será mais arredondado, para lembrar o primeiro que utilizou em toda a sua história, e o contorno será azul.

“Com o acordo que concluímos hoje em Pequim, vamos estreitar ainda mais a colaboração do Wanda”, disse Enrique Cerezo, nesta sexta-feira, durante o evento preparado para o anúncio do novo nome.

Em uma cerimônia carregada de emoção, com a sala VIP do Vicente Calderón lotada, o Atlético começou a se despedir do Mazanares. Uma retrospectiva histórica com fotografias de momentos marcantes do clube em sua casa atraiu a atenção dos 350 presentes. Sócios, jogadores, diretores, operários da obra, todos se reuniram para ouvir qual será o nome do novo estádio, até hoje conhecido como La Peineta.

“O protagonista, hoje, é o Atlético de Madrid. Temos orgulho do nosso clube. Vivemos um dos melhores momentos da nossa história. Mais de 30.000 sócios reservaram lugares em nossa nova casa”, afirmou o presidente do clube.

O atacante Fernando Torres, também presente, expos suas impressões: “É um belo gesto do novo dirigente. Ter pensado nesse nome foi uma coisa emocionante. Lembro de meu avô e de minha mãe falarem para mim do Metropolitano. Não poderia haver nome melhor. É claro que hoje em dia é preciso estar em parceria com alguém. Para nós, atleticanos, é um nome que emociona muito”.

Quando a mudança do Vicente Calderón foi confirmada, houve vários candidatos interessados em patrocinar o novo estádio do Atlético de Madrid. Meses atrás, o clube fez uma primeira seleção, escolhendo três finalistas. Wanda, que, além de tudo, é dono de 20% do clube, era um deles.

O proprietário do grupo Wanda, Wang JianLin, de 62 anos, ocupa o 19º lugar na lista das pessoas mais ricas do mundo. Sua fortuna é estimada em 30 bilhões de euros (106 bilhões de reais), segundo dados da Bloomberg. A empresa, que tem sede em Pequim, tem interesse sobretudo no setor imobiliário, mas possui investimentos também em turismo, hotelaria e entretenimento, em especial no cinema.

A tendência de haver patrocínios para estádios se ampliou internacionalmente. As marcas querem ter seus nomes associados a lugares que garantem grande afluência de público. O do Arsenal se chama Emirates Stadium, o do Manchester City, Etihad; o do Bayern de Munique, Allianz Arena. A lista é longa. Não é algo tão comum no futebol espanhol, onde somente o Osasuna (Reyno de Navarra) e o Mallorca (Iberostar e ONO) assinaram contratos de patrocínio para seus estádios.

Com o Wanda, o Atlético de Madrid, segundo seu presidente, busca obter uma presença internacional mais forte. “Vejo o Wanda como um parceiro estratégico, mais do que financeiro. Sua globalização nos aproxima mais da globalização do próprio futebol”. A equipe tentará não perder sua identidade, apesar do novo nome. Foi o que o técnico Diego Simeone procurou deixar claro: “Este é um dia especial. Estamos vivendo esse momento com nostalgia e emoção. Tudo o que se podia dizer já foi dito. Agora, precisamos ganhar no domingo, só isso”.

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