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Tesouros de Gaudí chegam a São Paulo

A mostra 'Gaudí, Barcelona 1900', que passou antes por Florianópolis e segue para o Rio, apresenta 71 obras do mestre da arquitetura modernista catalã

José Ángel Montañés
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A América tem muitas possibilidades. O Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC) sabe disso. Por isso, embarcou em sua primeira aventura americana e atravessou o Atlântico para expor alguns de seus tesouros, mais especificamente os relacionados com Antoni Gaudí e o modernismo – um de seus pratos fortes, ao lado do românico e do gótico, na exposição Gaudí: Barcelona 1900, que presta homenagem aos 90 anos da morte do artista catalão.

O país eleito foi o Brasil, e a mostra chegou de mãos dadas com a companheira de viagem Albertis (e sua filial Arteris) e seus vínculos com o Instituto Tomie Ohtake – que já abrigou em São Paulo exposições de outros renomados artistas espanhóis, como Picasso e Miró. As cidades previstas para esta turnê são três: Florianópolis (onde 40.000 pessoas viram a mostra entre 27 de agosto e 30 de outubro), São Paulo, onde será abre as portas neste sábado, 19 de novembro, e segue até 16 fevereiro, e Rio de Janeiro, que encerrará o périplo entre março e abril de 2017. O MNAC, segundo explicou seu diretor, Pepe Serra, espera arrecadar uma cifra próxima dos 200.000 euros (cerca de 700.000 reais), algo que sem dúvida repercutirá de forma positiva nos cofres do principal museu catalão.

Famoso pela criação de igrejas e casas com formas geométricas ousadas em Barcelona, entre elas a inacabada Sagrada Família, Gaudí alavancou a estética moderna na cidade e inspirou diversos artistas.

O conjunto que está pela primeira vez na América Latina abrange uma centena de obras, móveis e pinturas principalmente do MNAC, mas também da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera, que contribuíram com planos e maquetes, sendo 46 de Gaudí, quatro delas em escala monumental, além de 25 peças de mobiliário e objetos diversos. Entre os outros artistas representados estão os arquitetos Lluís Domènech i Montaner, Josep Puig i Cadafalch e Josep Maria Jujol, e os artesãos Joan Busquets e Gaspar Homar. Há também 16 pinturas de artistas como Ramon Casas, Isidre Nonell, Santiago Rusiñol, Ricard Canals e Nicolau Raurich.

São 46 maquetes, sendo quatro em escalas monumentais, 25 peças de mobiliário e objetos concebidos por ele, como maçanetas de metal e peças em cerâmica e madeira. Além disso, há cerca de 40 trabalhos de ensembliers (artesãos) e pintores dos anos 1900, que desenvolveram suas obras a partir do estilo catalão do período.

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