_
_
_
_

OMS diz que aumentam as evidências entre o zika vírus e a microcefalia

Comitê de Emergência mantém alerta sanitário e aconselha grávidas a evitar lugares afetados pelo vírus

María R. Sahuquillo
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e o presidente do Comitê de Emergências, David Heymann, em Genebra, no dia 8 de março.
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e o presidente do Comitê de Emergências, David Heymann, em Genebra, no dia 8 de março.SANDRO CAMPARDO (EFE)

O Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta terça-feira manter o alerta global pelo zika vírus e reconheceu que há cada vez mais evidências da associação entre o vírus e doenças neurológicas graves, como microcefalia. Assim, o Comitê de Emergência da OMS, que declarou o alerta em fevereiro passado após a detecção no Brasil de um aumento importante de casos de microcefalia em bebês nascidos de mães infectadas, aconselhou as grávidas a evitar os lugares afetados pelo zika. Um vírus que registrou casos autóctonos em 31 países da América e para o qual ainda não existe vacina ou tratamento.

Mais informações
Diretora da OMS: “A crise do Zika pode piorar antes de melhorar”
EUA avaliam 14 novos casos de possível transmissão sexual do zika
A genética pode eliminar, de uma vez por todas, o mosquito do zika

A OMS ressaltou, no entanto, que ainda não foi definitivamente comprovado a relação causal entre o zika e a microcefalia e outros problemas neurológicos graves, como a síndrome de Guillain-Barré, do qual também foi detectado um aumento de casos. Para isso, pediu à diretora da organização, Margaret Chan, que devem ser feitos mais estudos.

As autoridades de saúde “devem estar preparadas para um potencial aumento em malformações congênitas e síndromes neurológicas”, disse David Heymann, presidente do Comitê de Peritos da OMS, em uma conferência de imprensa em Genebra, transmitida por teleconferência. “O que vemos no Brasil [com o aumento de casos de microcefalia] poderia também ser visto na Colômbia e em outros países. E isso é muito alarmante”, disse Heymann,

“É evidente que uma infecção de zika durante a gravidez pode ter consequências graves”, disse Chan. Na verdade, mesmo os poucos estudos – e com mostras pequenas – detectaram não só microcefalia, também abortos involuntários e outros danos no córtex cerebral do feto. Levando em conta estes problemas, a diretora da OMS pediu aos países que não esperem a confirmação final de que existe uma relação causal entre zika e microcefalia e fortaleçam já suas políticas de saúde pública destinadas a impedir o contágio, como a erradicação do mosquito transmissor – principalmente o Aedes aegypti – e evitar a transmissão da doença por via sexual.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_