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França começa a bombardear o Estado Islâmico na Síria

“Atacaremos sempre que nossa segurança nacional estiver em jogo”, diz o Governo francês

Gabriela Cañas
Refugiados sírios descansam em Hanau, Alemanha.
Refugiados sírios descansam em Hanau, Alemanha.BORIS ROESSLER (EFE)

A França se uniu à coalizão internacional e começou neste fim de semana a bombardear posições do Estado Islâmico na Síria. Paris tinha se limitado a atacar alvos no Iraque, mas em 7 de setembro o presidente da República François Hollande anunciou a mudança de estratégia aumentando o raio de ação. Um comunicado oficial anunciou na manhã de domingo o início dos bombardeios: “A França realizou bombardeios na Síria com base em informações colhidas no curso das operações aéreas iniciadas há mais de duas semanas, em conformidade nossa autonomia de ação e em coordenação com nossos parceiros da coalizão”, diz o comunicado da presidência da República.

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“Nosso país confirma assim seu decidido compromisso contra a ameaça terrorista que constitui o Daesh [acrônimo em árabe de Estado Islâmico]”, acrescenta a presidência francesa, ressaltando que o conflito sírio requer uma “resposta global” que inclui “uma transição política que associe elementos do regime (de Bashar al Assad) e da oposição moderada”, uma ideia recentemente mencionada a este jornal pelo ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius.

A França, que há um ano vem bombardeando posições do EI no Iraque, resistiu aos ataques na Síria com receio de reforçar o regime do Bashar al Assad, apoiado pela Rússia.”As populações civis devem ser protegidas contra todas as formas de violência”, diz o comunicado, “tanto as do Daesh como de outros grupos terroristas, mas também contra os bombardeios mortais de Bashar al Assad”. A crise dos refugiados, a maioria deles vítimas do regime sírio, influenciou a mudança de posição, mas a principal razão é o jihadismo. O governo francês considera provado que a maioria dos jihadistas que realizaram ataques na França foram treinados na Síria. “Atacaremos sempre que nossa segurança nacional estiver em jogo”, diz o comunicado do Governo francês.

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