Novo naufrágio mata 34 em ilha grega
Entre os mortos, quatro bebês e dez crianças que estavam com mais 112 refugiados
Uma nova tragédia no Mediterrâneo oriental somou ao menos 34 mortos à longa lista de refugiados e imigrantes que se afogaram enquanto tentavam alcançar a costa da Europa. As águas da ilha de Farmakónisi, equivalente grego à ilha italiana de Lampedusa, de triste memória, devolveram na manhã deste domingo os corpos, dos quais quatro eram de bebês e dez de crianças. No início da tarde (hora local) prosseguia o trabalho de ajuda.
Foram resgatadas pelo menos 68 pessoas, e 30 alcançaram a nado o litoral da ilha, situada a 15 quilômetros da Turquia. No barco iam pelo menos 112 pessoas, de acordo com estimativa da Guarda Costeira.
Paralelamente a outra operação de busca em andamento desde sábado em frente à ilha de Samos —cinco desaparecidos, quatro deles menores—, no trabalho de resgate de Farmakónisi atuam dois helicópteros Super Puma e tropas da Guarda Costeira e da Marinha da Grécia. Nas primeiras horas da manhã deste domingo, uma chamada ao número local de emergência (112) disparou o alerta. Uma centena de refugiados e imigrantes estavam em perigo nas águas da ilha, no Sudeste do mar Egeu – e onde, em janeiro de 2014, houve um dos piores naufrágios em águas gregas, que tirou a vida de 12 pessoas.
Naquela tragédia morreram afogados um refugiado sírio e seus quatro filhos, que tinham embarcado desesperadamente rumo à Europa pouco depois de perderem, respectivamente, esposa e mãe, num bombardeio em seu país natal. Sem a repercussão tristemente obtida pelo caso do pequeno Aylan, já que foi um incidente isolado –e sem câmeras por perto–, a baixa pena imposta aos traficantes do barco afundado provocou uma onda de críticas por parte das organizações humanitárias e ativistas de direitos humanos.
Desde o início do ano, mais de 2.700 migrantes morreram no Mediterrâneo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). O Governo interino de Atenas rejeitou neste domingo, considerando-as “inaceitáveis”, as críticas europeias à sua gestão da crise dos refugiados. Em visita à ilha de Mitiline, na linha de frente da crise, a primeira-ministra interina, Vasilikí Thanou, anunciou a abertura de novos centros de acolhimento de refugiados.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.