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Explosão de bomba deixa pelo menos 16 mortos em Bancoc

No ataque, ocorrido dentro de um templo budista, morreram dois chineses e um filipino

Imagens difundidas pela corrente estatal chinesa do momento da explosão.

Uma bomba colocada dentro do templo budista de Erawan, um dos mais famosos de Bancoc, deixou nesta segunda-feira pelo menos 16 mortos e 80 feridos, segundo fontes policiais. Ao menos dois chineses e um filipino estão entre as vítimas, informou um agente da polícia turística à agência Reuters. A imprensa da Tailândia elevou a cifra de mortos para 27 (10 homens e 17 mulheres), incluindo quatro estrangeiros.

O chefe da polícia, Somyot Poompanmuang, explicou que a explosão foi provocada por uma bomba “colocada dentro do templo de Erawan”, situado em Ratchprasong, uma das vias mais transitadas da capital tailandesa. Pelo menos outro dispositivo foi desativado na região.

Segundo o ministro da Defesa, Prawit Wongsuwong, o ataque foi dirigido contra “turistas” com o objetivo de “prejudicar o turismo e a economia do país”. O templo budista de Erawan, dedicado ao deus Brahma, recebe a visita diária de milhares de devotos. Fica no distrito de Chidlom, perto de vários hotéis cinco estrelas e de três centros comerciais.

A explosão ocorreu às 19h (9h no horário de Brasília). Segundo testemunhas citadas pela BBC e a Reuters, no lugar da explosão há “restos mortais espalhados”.

“Parecia um matadouro. Havia corpos em todo canto. Alguns estavam em pedaços. Havia pernas donde deveriam estar as cabeças. Era horroroso”, disse Marko Cunningham, um enfermeiro neozelandês que trabalha no serviço de ambulâncias de Bancoc. Segundo Cunninghan, pessoas que estavam a centenas de metros do local da explosão também ficaram feridas.

Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado até o momento. As forças tailandesas combatem insurgentes muçulmanos na zona sul do país, mas esses rebeldes não costumam ampliar suas ações fora da área da etnia malaia. O país também foi sacudido nos últimos anos por intensas rivalidades políticas que desencadearam, em maio de 2014, um golpe de Estado militar.

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