Júri declara culpado o jovem acusado pelo atentado de Boston
Dzokhar Tsarnaev ainda pode ser condenado à morte
Um júri reunido nesta quarta-feira declarou Dzokhar Tsarnaev culpado pelo atentado cometido há quase dois anos na maratona de Boston, que causou a morte de três pessoas e deixou 264 feridas — o pior ataque em território norte-americano desde o 11 de Setembro de 2001. Tsarnaev ainda pode ser sentenciado à morte. O mesmo júri deverá decidir agora se opta por essa sentença ou se o acusado passará o resto de sua vida na prisão, sem direito à liberdade condicional.
Tsarnaev, de 21 anos, foi declarado culpado de todos os delitos de que era acusado, entre os quais o de conspiração para usar armas de destruição em massa. O jovem também foi condenado por posse e uso de armas de fogo e conspiração para explodir uma bomba em um lugar público, assim como assassinato, depois de disparar em sua fuga contra um policial da cidade, que acabou morrendo.
A defesa de Tsarnaev alegou durante o julgamento que foi seu irmão mais velho, Tamerlan, morto depois de um tiroteio com a polícia após o atentado, quem idealizou toda a operação e contribuiu para a radicalização dele. Os advogados pediam, portanto, que o nível de culpabilidade do jovem fosse menor.
“Não negamos que ele participou dos fatos, mas, se não fosse por Tamerlan, isso não teria ocorrido”, declarou ao júri Judy Clarke, uma das advogadas. Segundo os promotores, os Tsarnaevs pretendiam punir os norte-americanos pelas guerras no Iraque e Afeganistão. Ambos pertenciam a uma família chechena que emigrou da Rússia há mais de uma década.
Formado por sete mulheres e cinco homens, o júri chegou ao veredicto depois de pouco mais de doze horas de deliberações, transcorridas nos dois últimos dias. Os promotores do caso mostraram aos membros do júri diferentes provas obtidas no dia do atentado, assim como imagens da explosão, a poucos metros da linha de chegada na rua Boylston, que ainda não tinham sido divulgadas publicamente.
Entre as provas também se incluía uma nota que Tsarnaev escreveu no barco onde foi encontrado pelos agentes, e na qual sugeria que o atentado era um castigo pelas intervenções dos EUA em países muçulmanos. “Essas foram decisões intencionais, decisões políticas”, leu o advogado da acusação, segundo um relato do julgamento feito pelo The New York Times. “Olho por olho. Vocês nos matam. Nós os assassinamos. Isso é o que ele disse e isso é o que ele fez".
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