_
_
_
_
_

Um café para adotar um gato

La Gatoteca converte seu ‘cat café’ em um lar provisório para felinos abandonados

Eva Aznar, com três 'inquilinos' de La Gatoteca.
Eva Aznar, com três 'inquilinos' de La Gatoteca.samuel sánchez

Meia hora com um café enquanto se acaricia um gato custa quatro euros. E se entre miado e miado surge o amor à primeira vista e o cliente decide adotá-lo, melhor. La Gatoteca (Rua Argumosa, 28), o único cat café que existe em Madri, acaba de comemorar seu primeiro aniversário como ponto de referência para amantes dos felinos e lar provisório para gatos abandonados que não conseguem encontrar uma nova família.

Mais informações
Os barcos reduzem sua velocidade na Califórnia para salvar baleias
Redescobrir os EUA com um poodle
Um celular para salvar 450 milhões de animais
O Tribunal da ONU freia a caça de baleias pelo Japão

Os dois andares do local, no bairro de Lavapiés, são território dos 14 gatos que compõem a colônia. Os animais estão à vontade entre sofás, estantes e as xícaras de café dos clientes, que vão até lá para passar um momento entre felinos. Mas o conceito de cat café, muito enraizado no Japão —onde há cerca de 200 casas desse tipo—, é diferente em La Gatoteca. "Não queríamos que fosse apenas um estabelecimento hoteleiro com gatos", explica a responsável, Eva Aznar. Por isso é a sede da Associação Beneficente pelo Resgate e Inserção de Gatos em Adoção (ABRIGA). Recebem gatos adultos, abandonados e especialmente difíceis de dar em adoção que chegam de outras associações e refúgios com os que colaboram. Em seu primeiro ano, conseguiram que 24 gatos fossem adotados.

A colônia de La Gatoteca espera sua nova companheira, a número 15, uma gata ainda sem nome, que foi encontrada abandonada em um pátio de luzes. Esperou durante três meses por um lugar para entrar em La Gatoteca, que costuma ter uma lista de espera de aproximadamente 15 felinos. Neste primeiro ano de vida, seus 25 voluntários aprenderam com os erros. "No começo, atendíamos casos particulares, de pessoas que já não podiam cuidar de seu animal de estimação", conta Aznar, "mas os gatos que foram criados como filhos únicos não se integram bem na colônia". Os que conseguem necessitam de cerca de duas semanas para se adaptar.

Jack e Penny foram os últimos a abandonar o grupo. Chegaram juntos a La Gatoteca e saíram juntos. “Tentamos que a adoção seja personalizada, não só porque alguém vem e um dos gatos lhe parece bonito”, afirma Aznar. Para adotar é necessário se tornar sócio da ABRIGA —a contribuição anual é de 50 euros (cerca de 153 reais)— e se inscrever no que em La Gatoteca chamam de curso básico do gato. "Ajudamos animais sem lar, mas também aqueles que já o têm. Muitos donos não sabem como cuidar corretamente deles", explica Aznar, enquanto duas clientes se sentam em um dos sofás para tomar um café. Abel as olha e deixa que acariciem sua pelagem negra durante uns segundos, antes de pular para o sofá seguinte.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_