Nova falha de provedor na nuvem gera pane em sites em vários países
Serviços como Airbnb e Playstation Network, além de jornais como o EL PAÍS, sofreram interrupções na tarde desta quinta-feira após um problema na rede de distribuição de conteúdo Akamai
Uma falha nos sistemas da empresa norte-americana de serviços em nuvem Akamai gerou interrupções no serviço de companhias como Airbnb, plataformas de games como Playstation Network e Steam, linhas aéreas como Delta Air Lines, serviços financeiros como American Express, diversos bancos como BBVA e meios de comunicação como o EL PAÍS, entre outros. A falha impediu o acesso à internet ou a visualização de imagens dentro das notícias. No Brasil, panes foram relatadas em sites como Caixa Econômica Federal, XP Investimentos e Mercado Livre, de acordo com o site Downdetector, mas não se sabe se foram causadas pelo mesmo problema. Pouco antes das 14h (horário de Brasília) de terça-feira, a Akamai afirmou ter “implementado uma solução para esse problema e, segundo as observações atuais, o serviço está voltando a funcionar com normalidade”. “Continuaremos atentos para garantir que o impacto tenha sido completamente mitigado”, prosseguiu a empresa em nota publicada em sua conta do Twitter. No início de julho, uma falha similar na firma rival Fastly atingiu The New York Times, EL PAÍS, Amazon, Twitch, Paypal e Reddit.
A Akamai explicou que a pane se deveu a uma falha nos serviços de DNS. Cada site conta com um endereço de IP (protocolo de internet, em inglês), equivalente ao número de telefone. É uma sequência de quatro a seis números separados por pontos, como 192.158.1.38. Os endereços de IP devem ser traduzidos a nomes de páginas que possamos lembrar, como elpais.com. Isto é feito pelo sistema Domain Name System (sistema de nomes de domínio), conhecido pela sigla DNS. A companhia prometeu investigar o problema “de forma ativa” e incentivou os clientes a entrar em contato com o suporte técnico caso sofram algum impacto no serviço.
We have implemented a fix for this issue, and based on current observations, the service is resuming normal operations. We will continue to monitor to ensure that the impact has been fully mitigated.
— Akamai Technologies (@Akamai) July 22, 2021
A chamada nuvem é formada por muitos computadores conectados on-line, que hospedam boa parte dos serviços que acessamos sem que estejam em nosso dispositivo. Exemplos disso são os e-mails, armazenagens como Dropbox e dispositivos domésticos como Alexa. Esse mercado é dominado pela Amazon, com sua filial Amazon Web Services (AWS), seguida por Microsoft e Google.
Esses computadores podem estar localizados do outro lado do planeta, razão das possíveis demoras na entrega de conteúdo on-line. Por isso, existe um segundo nível formado por outras firmas, denominado rede de distribuição de conteúdo (CDN). Basicamente, uma CDN é uma rede de servidores, em diferentes centros de dados do mundo inteiro, que armazenam cópias temporárias das páginas de seus clientes. A ideia é evitar que a distância geográfica de um serviço ou de servidores centrais, ou mesmo uma grande demanda dos usuários, possam fazer com que uma página demore a carregar —ou inclusive provocar o colapso do sistema. Uma delas, a Fastly, ganhou fama com uma pane no início de junho após sofrer um problema similar. As outras duas mais conhecidas são a Cloudflare e a própria Akamai.
Panes como a desta quinta costumam ser relativamente breves. As três grandes falhas similares de serviços na nuvem nos últimos anos foram as da
Cloudflare em 2019 e 2020 e da Amazon Web Services (AWS) em 2017, além do problema da Fastly no início de junho.
A Akamai foi fundada em 1998 por Daniel Lewin, um ex-aluno do MIT que morreu três anos depois, com apenas 31 anos, num dos aviões dos atentados do 11 de Setembro, após ser apunhalado por um dos sequestradores das aeronaves. A empresa registrou um lucro líquido de 155,7 milhões de dólares (cerca de 805 milhões de reais) em seu primeiro trimestre fiscal, finalizado em 31 de março, o que significou um aumento interanual de 25,8%. Sua rede de servidores, segundo explica o regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, abrange mais de 325.000 aparelhos em 130 países.
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