Twitter suspende permanentemente a conta de Trump
A rede social foi o canal de comunicação preferido do presidente dos Estados Unidos para anunciar suas decisões mais importantes e insultar seus rivais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, perdeu seu microfone favorito nesta sexta-feira. O Twitter anunciou que está suspendendo permanentemente sua conta pessoal, @realDonaldTrump, devido “ao risco de mais incitamento à violência”. Isso foi relatado pela empresa de Jack Dorsey por meio de uma declaração compartilhada por meio de seu perfil de segurança no Twitter. “Depois de uma análise detalhada dos tweets recentes da conta @realDonaldTrump e do contexto que os cerca, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitação à violência”, disse a empresa.
After close review of recent Tweets from the @realDonaldTrump account and the context around them we have permanently suspended the account due to the risk of further incitement of violence.https://t.co/CBpE1I6j8Y
— Twitter Safety (@TwitterSafety) January 8, 2021
A rede social já havia suspendido a conta do presidente por 12 horas após os incidentes ocorridos no Capitólio na quarta-feira, 6 de janeiro, quando centenas de manifestantes invadiram o prédio para impedir a sessão do Congresso em que o democrata Joe Biden seria confirmado como o vencedor da eleição de 2020 e presidente eleito dos Estados Unidos. O Twitter acusou o presidente de instigar os incidentes.
A conta pessoal de Trump tornou-se sua grande ferramenta de comunicação durante a gestão. Nela, ele anunciava algumas de suas decisões mais importantes, insultava seus rivais políticos e denunciava sem provas a suposta fraude nas eleições de novembro passado. Com um estilo direto e sem filtros, o presidente dos Estados Unidos havia se tornado uma estrela singular do Twitter. Quando anunciou sua candidatura à presidência em 2015, Trump tinha 2,98 milhões de seguidores. A cifra subiu para 13 milhões quando ele ganhou a eleição em novembro de 2016. Nesta sexta-feira, antes do encerramento, ele era seguido por 88 milhões.
O presidente foi favorecido durante anos pelas políticas do Twitter, que protegem as contas dos líderes políticos pelo interesse público de suas mensagens. Mas com a proximidade das eleições e a crise de saúde provocada pela covid-19, a rede social endureceu suas regras para conter a desinformação. Primeiro marcou algumas de suas postagens como enganosas. E no dia 6, excluiu várias delas e suspendeu temporariamente a conta.
A medida tomada nesta sexta-feira vai além da adotada 24 horas antes pelo Facebook, que mantém seu perfil suspenso pelo menos até que a transição política nos Estados Unidos seja concluída, previsivelmente até 20 de janeiro, quando Joe Biden tomará posse como novo presidente.
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