Vladimir Safatle: “A grande contribuição do EL PAÍS está na responsabilidade e diversidade de opiniões”
Uma das vozes mais respeitadas do Brasil por chamar seus interlocutores à consciência sobre às ameaças à democracia, o professor exalta a importância da diversidade de debate na imprensa brasileira
Poucas vozes são tão respeitadas no Brasil como a de Vladimir Safatle, professor do departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo desde 2003 e, desde 2019, colunista do EL PAÍS. Seu olhar crítico sobre os atores políticos do país, à esquerda e à direita, balança certezas e cobra sobretudo coerência para enxergar a sociedade que estamos construindo. “Acho que a sua grande contribuição à imprensa brasileira está na abertura da diversidade e responsabilidade de opiniões. Principalmente num momento como esse, de grande acirramento de conflitos e riscos para todos aqueles que lutam pela implementação de uma democracia que nunca existiu nesse país”, avalia.
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Filho do ex-guerrilheiro brasileiro Fernando Safatle, Vladimir nasceu em Santiago (Chile) mas, com poucos meses de vida, se mudou para o Brasil por conta da preocupação de seus pais com a ascensão do ditador Augusto Pinochet. Em São Paulo, cursou simultaneamente filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e publicidade na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Concluiu o mestrado em filosofia na USP e se tornou doutor na Universidade Paris VIII, com a tese que foi publicada pela Editora UNESP em 2006 com o título Paixão do Negativo: Modos de Subjetivação e Dialética na Clínica Lacaniana. Autor de mais de 20 obras, entre livros e artigos, Safatle adotou a teoria psicanalítica de Jacques Lacan para fazer a releitura de grandes filósofos.
No EL PAÍS, escreve sobretudo sobre política, relações humanas, e os rumos da democracia brasileira. “Um jornal que tem a sua presença mais ou menos recente. E abre um espaço mais amplo de diversidade de debates que falta ainda na imprensa brasileira.”
Vladimir Safatle faz parte de um grupo de vozes do Brasil ―entre colunistas, leitores, ativistas e pensadores―, que se juntou à campanha de apoio à assinatura da edição brasileira do EL PAÍS. Desde 1º de outubro, o jornal passou a adotar o modelo paywall, quando os leitores têm um limite de textos gratuitos para ler por mês. A partir daí, será preciso pagar para ter acesso a todas as reportagens e análises da edição brasileira, que nasceu com os ventos das jornadas de 2013. O preço da assinatura para ter acesso aos textos em português é de 1 dólar, no primeiro mês, e 3 dólares a partir do segundo mês, ou 30 dólares na assinatura anual. É uma mudança necessária para que, após sete anos, o jornal continue cumprindo a missão de trazer ao público brasileiro as notícias mais relevantes do país e do mundo. Apoie e assine o EL PAÍS. Queremos crescer junto com vocês para fortalecer a opinião pública no Brasil.
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