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Israel retoma uso obrigatório de máscaras em lugares fechados após repique de contágios pela variante delta

Autoridades sanitárias recomendam também sua utilização em grandes concentrações ao ar livre

Marcha do Orgulho em Tel Aviv, nesta sexta-feira.
Marcha do Orgulho em Tel Aviv, nesta sexta-feira.Ariel Schalit (AP)
Juan Carlos Sanz
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01/04/2021 - Reportaje sobre el regreso a la normalidad tras la vacuna del Covid-19 en Israel. Club Barby. Sala de conciertos en el barrio de animación nocturna de Florentin de Tel Aviv. Concierto del cantautor de hip-hop Atar Meiner con la sala a rebosar, en una de las primeras actuaciones masivas tras la pandemia. Lleno total: 600 personas. Todos los asistentes tienen pase verde. La distancia apenas se mantiene en la zona de butacas y sillas, pero en la pista se salta y se baila como antes de la pandemia.   ©Edward Kaprov
Minha vida em um país vacinado
Agentes policiales y ciudadanas israelíes sin mascarillas, el domingo en el centro de Jerusalén.
Com metade da população vacinada, Israel começa a se despedir das máscaras
GRAFCAT9066. BARCELONA, 03/03/2021.- Una enfermera se dispone a inyectar la primera dosis de la vacuna de Pfizer a una persona perteneciente al grupo de vacunación de mayores de 80 años en el CAP d'Horta de Barcelona, este miércoles, cuando todos los indicadores epidémicos han vuelto a mejorar hoy en Cataluña, donde el virus sigue retrocediendo, lo que está propiciando un alivio lento de la presión hospitalaria, aunque en las últimas 24 horas se han sumado 1.559 nuevos contagios y notificado otras 44 muertes por COVID-19. EFE/Enric Fontcuberta
Avanço da vacinação abre debate sobre os privilégios a serem dados aos imunizados

Durou só 10 dias a possibilidade de ficar sem máscara em lugares fechados em Israel. As autoridades sanitárias do país reimpuseram na sexta-feira feira sua obrigatoriedade, em caráter urgente (entrou em vigor ao meio-dia, hora local, poucas horas depois de a medida ser anunciada) devido ao repique exponencial de casos registrados desde o dia 15, que saltaram de praticamente zero para mais de 200 na quinta-feira. Em 70% dos casos, esses novos contágios se devem à propagação em várias populações do país da variante delta da covid-19, surgida originalmente na Índia.

“Teria sido preferível manter o uso de máscaras todo este tempo”, admitiu o coordenador nacional da luta contra a pandemia, o médico sanitarista Nachman Ash, depois de anunciar na rádio pública a reimposição da medida. A decisão coincide com o maior registro de novos casos (227) desde 7 de abril, com uma taxa de positividade de 0,6% nos exames de detecção efetuados.

O coordenador sanitário considera que Israel não enfrenta por enquanto uma quarta onda da pandemia, embora alerte que a rapidez de sua propagação aponta para um “risco potencial”. “Confiamos em que a vacinação maciça evitará um aumento de casos graves com hospitalizações”, afirmou Ash. A maioria dos novos casos é de indivíduos assintomáticos ou com sintomas leves, afetando principalmente menores de 16 anos, faixa etária em que o índice de imunização chega a apenas 5%, concentrada no intervalo de 12 a 15 anos de idade.

Pessoas sem máscara em um shopping center de Tel Aviv, em 15 de junho.
Pessoas sem máscara em um shopping center de Tel Aviv, em 15 de junho.JACK GUEZ (AFP)

As máscaras voltam a ser obrigatórias em todos os lugares fechados (exceto a moradia), salvo para menores de sete anos, quando dois trabalhadores compartilharem um mesmo espaço ou durante o exercício físico. O Ministério da Saúde recomenda também seu uso em grandes aglomerações externas. A readoção da obrigatoriedade ocorreu pouco antes do início do desfile do Orgulho LGBTI em Tel Aviv, com a participação de dezenas de milhares de pessoas ―primeiro grande evento desde a declaração da pandemia. Também se desaconselha que as pessoas não vacinadas participem de atos desse tipo.

O primeiro-ministro Naftali Bennett anunciou na terça-feira que o repique de casos estava sendo abordado “como uma nova onda em potencial” da pandemia. Em um pronunciamento televisivo no aeroporto de Tel Aviv, o novo chefe de Governo israelense afirmou que todos os viajantes terão de usar máscara no terminal aéreo, principal porta de entrada para o país.

Quando acreditavam ter deixado a pandemia definitivamente atrás, muitos israelenses já haviam voltado a utilizar esta semana de forma espontânea as máscaras em áreas fechadas, por causa das notícias sobre a aparição de novos focos. O repique coincidiu com o aumento de voos vindos do exterior, autorizados em principio apenas para os residentes, após mais de um ano de restrições às viagens. A reabertura do turismo em grande escala foi adiada pelo menos até 1º de agosto.

Quase 60% dos 9,3 milhões de israelenses estão vacinados com a pauta completa da Pfizer-BioNTech, e outros 10% superaram a covid-19 e também estão imunizados. O Ministério da Saúde está incentivando agora a vacinação dos menores de 16 anos, que representam outros 30% da população.

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