O emotivo adeus de José Mujica à política: “Triunfar na vida não é ganhar, é se levantar e começar de novo”
O ex-presidente do Uruguai se aposenta aos 85 anos ressaltando a defesa de seus princípios
O ex-presidente do Uruguai, José Mujica, apresentou na terça-feira, aos 85 anos, sua renúncia definitiva ao Senado do país com um discurso de nove minutos, com o qual também se despediu da política: “Na vida, há um tempo para chegar e um tempo para se despedir”.
Mujica falou sobre a necessidade de evitar o ódio e sobre as lições das derrotas. “Triunfar na vida não é ganhar, é se levantar e começar de novo cada vez que cai”. Agradeceu aos elogios de outros companheiros da Câmara e explicou como a crise do novo coronavírus afetou sua decisão. “A pandemia está me mandando embora. Ser senador significa falar com as pessoas e andar para todos os lados. O jogo não é jogado nos escritórios e estou ameaçado por todos os lados, por dupla circunstância: pela velhice e por enfermidade imunológica crônica”, argumentou.
José Mujica nasceu em Montevidéu em 1935 e entrou em 1964 no grupo guerrilheiro Movimento de Libertação Nacional―Tupamaros. A ditadura militar o manteve preso por um total de 15 anos, incluindo um período de 12 anos seguidos que terminou em 1985. Foi um dos chamados “reféns” do regime militar, presos políticos que seriam executados caso seu grupo retomasse a luta armada. Seus anos de isolamento na prisão foram retratados em 2018 no filme Uma Noite de 12 Anos. Em 1985, com o retorno à democracia, Mujica foi beneficiado por uma anistia geral decretada para pacificar ao país. Voltou então à política ativa. Passou pelo Senado, foi ministro da Agricultura e, finalmente, presidente do Uruguai de 2010 a 2015.
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