Espanha se reabre ao turismo para os vacinados a partir do dia 7 de junho
Governo anuncia que viajantes imunizados, tanto da UE como de fora, poderão entrar no país sem apresentar exames, e que em 1º de julho entrará em operação o certificado covid . No caso do Brasil, vacinados com as duas doses do imunizantes da Pfizer ou da AstraZeneca estariam autorizados a entrar no território espanhol
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A Espanha toma posições à espera da alta temporada. O Governo aproveitou a feira setorial Fitur para lançar sua mensagem de reabertura ao mundo, e nesta sexta-feira, como publicou o Boletim Oficial do Estado (BOE), o Reino Unido e o Japão foram incluídos na lista de países e regiões especiais cujos residentes não são afetados pela restrição temporária de viagens não imprescindíveis à União Europeia. Isso significa que os britânicos, principal mercado emissor de turistas para a Espanha, poderão entrar no país sem restrições a partir da próxima segunda-feira ―embora por enquanto precisem apresentar exame PCR negativo e fazer quarentena quando voltarem ao Reino Unido. Na apresentação do certificado covid digital da UE, na Fitur, o presidente do Governo (primeiro-ministro) espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que os já vacinados com a pauta completa, de qualquer país do mundo, também poderão viajar à Espanha sem restrições a partir de 7 de junho.
“A Espanha está encantada de acolher os turistas britânicos que quiserem vir ao nosso país”, disse Sánchez. Repetiu a mensagem em inglês para que, segundo suas palavras, chegasse à imprensa internacional de forma clara e nítida. O Executivo justifica a decisão de incluir o Reino Unido pelo número de visitantes “especialmente relevante” que recebe a cada ano de lá, “por isso muitos setores econômicos precisam adaptar suas capacidades com antecedência às mudanças que ocorram nas fronteiras”. Além disso, sobre a entrada da população já imunizada a partir de 7 de junho, o chefe de Governo antecipou essa mudança na regra beneficiando cidadãos que tenham sido vacinados com algum dos medicamentos aprovados na UE ou pela Organização Mundial da Saúde. No caso do Brasil, vacinados com as duas doses do imunizante da Pfizer ou da AstraZeneca estariam autorizados.
Desta forma, Sánchez busca dar um golpe de efeito e impulsionar o turismo a pouco menos de um mês do começo da alta temporada de verão, que é crucial para o setor e para a reativação econômica como um todo. Na verdade, para sustentar essa recuperação, a mobilidade dentro da UE será parcialmente normalizada em parte graças ao novo passaporte sanitário. Além disso, os países comunitários que estiverem na lista verde poderão entrar sem controles. O resto ―a Alemanha e a França, por exemplo, ainda não estão―poderão fazer esses deslocamentos apresentando um exame PCR na origem ou, a partir de 7 de junho, se estiverem vacinados. O objetivo é facilitar o deslocamento de viajantes de outros grandes mercados emissores que possam passar suas férias na Espanha se já estiverem imunizados.
Sobre o chamado passaporte sanitário europeu, tanto o primeiro-ministro como as ministras da Saúde, Carolina Darias, e da Indústria, Comércio e Turismo, Reyes Maroto, destacaram a importância dele para recuperar a mobilidade de forma segura. “Estamos convencidos de que este certificado digital UE-covid, assim como o relaxamento das restrições, nos permitirá um verão muito melhor que o de 2020”, afirmou Sánchez. No entanto, depois estimou que o volume de turistas esperado neste verão na Espanha será apenas 30% a 40% do que se registrava antes da pandemia.
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Clique aquiA ministra Maroto, por sua vez, ressaltou o papel da imunização generalizada para permitir esta melhora: “Queremos garantir a mobilidade ainda num contexto difícil. As vacinas nos deram esse antídoto que permita voltar a viajar”. E Darias insistiu no trabalho enorme da UE para que o certificado seja uma realidade a partir de 1º de julho: “Em apenas três meses foi possível coordenar todos os sistemas sanitários e fechar um protocolo europeu”. A titular da Saúde antecipou que a Espanha quer estender esse certificado a terceiros países, o que permitiria recuperar a mobilidade com outras zonas, como a América Latina e a Ásia.
Ampliação da lista
Assim, na segunda-feira já será um fato a possibilidade de entrada dos turistas britânicos, seguindo-se à autorização espanhola para a entrada de israelenses, em 11 de maio. O critério é que o país tenha tido uma redução importante das cifras de contágios e mortos depois do drástico repique do final de janeiro.
Com a incorporação de Reino Unido e Japão, a lista passa a ser integrada por Israel, Irlanda do Norte, Austrália, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura, Coreia do Sul, Tailândia e China. Do mesmo modo, ficam isentos de restrições os residentes das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau (China).
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