Após dia de pânico, bolsa brasileira e ações da Petrobras registram alta; dólar recua
Bolsonaro minimiza turbulência dos mercados e diz que no momento há “uma pequena crise e muito do que se fala é fantasia”
Após um dia de pânico nos mercados do mundo inteiro nesta segunda-feira, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 7,14%, aos 92.214 pontos, depois de ter tido, na véspera, o pior tombo do século, de -12,15%. O bom humor dos investidores é reflexo da sinalização de medidas de estímulo à economia diante do impacto do coronavírus, vindas principalmente dos Estados Unidos.
Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a turbulência da véspera nos mercados financeiros internacionais, dizendo que problemas na bolsa acontecem “esporadicamente”. “Temos no momento uma pequena crise, na minha opinião muito mais fantasia”, afirmou em evento em Miami, nos Estados Unidos.
Depois de um recuo de quase 30% na segunda-feira, os papéis da Petrobras também ensaiaram uma recuperação. No fim do dia, as ações registraram alta de 9,41%, cotadas a 17,56 reais. Na segunda-feira, dia marcado por uma tensão generalizada nos mercados após o tombo preços do petróleo, a petroleira perdeu 91,1 bilhões de reais em valor de mercado, a maior queda desde 1986, segundo dados da Economática. As ações da petroleira chegaram a recuar quase 30%, cotadas a 16,05 reais.
Os preços do petróleo subiam nesta terça-feira e chegaram a saltar cerca de 10%, um dia após terem registrado a maior queda em quase 30 anos, com investidores mirando possíveis estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) seguem possíveis. Por volta das 13h, os contratos futuros do barril de Brent tinham alta de 6,05%, 36,44 dólares na venda, em Londres, enquanto o barril WTI, nos EUA, tinha alta de 6,87%, a 33,27 dólares, segundo dados da Bloomberg.
O presidente norte-americano Donald Trump disse, na segunda-feira, que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o Governo do Japão planeja gastar mais de 4 bilhões de dólares em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.
As principais bolsas europeias também abriram nesta terça-feira em leve alta: mais de 2% no Ibex espanhol, 3,5% no CAC francês, quase 3% no Euro Stoxx e 2,8% no DAX alemão. Apenas na bolsa de Milão, uma das regiões mais afetadas pela crise do coronavírus na Itália, os números ainda eram negativos no começo das negociações, mas em tendência de recuperação, com leve alta de 1,7% no decorrer do pregão. Na Ásia, a Nikkei fechou com um ligeiro avanço de 0,85%, e a Bolsa de Xangai com ganhos de 1,8%.
Câmbio recua
O dólar registrou queda frente ao real nesta terça-feira. A moeda norte-americana recuou 1,69%, vendida a 4,64 reais . Na véspera, o dólar disparou 2,03% e marcou novo recorde no fechamento, cotado a 4,72 reais. Durante o dia, a moeda americana chegou a esbarrar no patamar de 4,80 reais. Parte da queda registrada nesta terça-feira é efeito do leilão de 2 bilhões de dólares à vista promovido pelo Banco Central logo no início da manhã. No ano, o dólar passou a acumular alta de 17,92% frente ao real.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.