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Mundo tem cerca de 1.500 vulcões potencialmente ativos

Lista inclui alguns célebres, como o italiano Vesúvio, e outros muito ativos, como o Piton de la Fournaise, no Índico

Nuvem de gases e cinzas sobre o vulcão de La Palma, nesta quarta-feira.
Nuvem de gases e cinzas sobre o vulcão de La Palma, nesta quarta-feira.Ramón de la Rocha (EFE)
Laura Camacho

O planeta Terra tem cerca de 1.500 vulcões potencialmente ativos, segundo Joan Martí, pesquisador do CSIC (agência espanhola de pesquisa científica) no Instituto de Geociências de Barcelona. Descrevê-los como “potencialmente ativos” significa que tiveram alguma atividade nos últimos 10.000 anos (o chamado período Holoceno, segundo a maioria dos cientistas) e pode voltar a tê-la nas próximas décadas. Isto inclui desde anomalias térmicas até erupções. A Espanha conta com três zonas com vulcanismo ativo: campo de La Garrotxa (Catalunha), a região de Calatrava (Castela-La Mancha) e as ilhas Canárias, onde no domingo começou a erupção do sistema vulcânico Cumbre Vieja, em La Palma.

Desses 1.500 vulcões, cerca de 50 estão explodindo neste momento sem consequências graves, segundo Benjamin Andrews, diretor do Programa Global de Vulcanismo do Instituto Smithsonian, dos EUA. O pesquisador explica que há registros históricos de erupções de cerca de 500 vulcões. O Etna, na ilha italiana da Sicília, começou a expulsar lava nesta terça-feira, após 20 dias de pausa, o que provocou uma coluna de fumaça que alcançou 9.000 metros de altura, segundo as estimativas dos especialistas.

Martí destaca os seguintes vulcões ativos:

Teide. Encontra-se na ilha de Tenerife, no arquipélago espanhol das Canárias. Com uma altura de 3.715 metros (o ponto culminante do país), e é a terceira maior estrutura vulcânica do planeta, depois da Mauna Loa e do Mauna Kea, ambos no Havaí, segundo estabeleceu o vulcanólogo Juan Carlos Carracedo, do CSIC, em um estudo. O parque nacional onde se encontra o Teide foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade em 2007 pela Unesco.

O pico Teide, ponto culminante da Espanha.
O pico Teide, ponto culminante da Espanha. IGME

Vesúvio. É um dos vulcões mais famosos. Está a 1.281 metros sobre o nível do mar, na região da Campânia, na Itália. No ano 79 da era cristã, ele sepultou as cidades de Pompeia e Herculano. Este episódio representou uma das primeiras observações vulcanológicas registradas, segundo Andrews. Sua última erupção aconteceu em 1944.

O monte Vesúvio coberto de neve, numa foto tirada das ruínas arqueológicas de Pompeia, perto de Nápoles (Itália).
O monte Vesúvio coberto de neve, numa foto tirada das ruínas arqueológicas de Pompeia, perto de Nápoles (Itália). Cesare Abbate (AP)

Piton de la Fournaise. Fica na ilha Reunião (território francês no Índico) e tem uma altura de 2.632 metros. Este vulcão surgiu a sudeste de outro, chamado Piton das Neves. Tem entre uma e três erupções por ano, segundo Martí.

Lava escorre durante uma erupção do vulcão Piton de Fournaise, na ilha francesa de Reunião, no Índico.
Lava escorre durante uma erupção do vulcão Piton de Fournaise, na ilha francesa de Reunião, no Índico. Richard BOUHET (AFP)

Sakurajima. A 1.117 metros de altura, a ilha japonesa de Kyushu, é conhecido por sofrer episódios frequentes de relâmpagos vulcânicos. A erupção de 1914 foi a de maior intensidade e magnitude do século XX no país asiático. Esse vulcão expulsa elementos explosivos de maneira intermitente desde 1955.

Erupção do vulcão Sakurajima, no Japão.
Erupção do vulcão Sakurajima, no Japão. KYODO (REUTERS)

Hekla. Esse vulcão localizado em Suðurland, no sul da Islândia, tem 1.491 metros de altura e é o terceiro mais ativo do país – parte dos 30 sistemas vulcânicos ativos na ilha. Sua última erupção ocorreu em 2000, embora a maior de sua história recente tenha sido em 1947. Provocou uma coluna de gás e cinza que se elevou a 30 km, chegando à estratosfera.

Uma imagem da erupção do vulcão Hekla, em 1947.
Uma imagem da erupção do vulcão Hekla, em 1947. Vigfús Sigurgeirsson

Mayon. Localizado no município de Legazpi, nas Filipinas, tem 2.462 metros de altura. Por sua forma, este monte é conhecido como um cone perfeito. Desde 1616 foram registradas mais de 30 erupções. A mais nociva foi em 1814, quando a lava sepultou a cidade de Cagsawa e deixou 1.200 mortos.

Atividade no vulcão Mayon, nas Filipinas.
Atividade no vulcão Mayon, nas Filipinas.AP

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