Do centro do mundo ao fim do mundo

O que significa partir da maior floresta tropical do planeta rumo à Antártida? É o que Eliane Brum conta em um diário a bordo de um navio do Greenpeace que zarpou neste sábado

Trinity Island, na Antártida.ABBIE TRAYLER-SMITH (Greenpeace)
A Bordo Do Navio Arctic Sunrise -

O que significa partir da maior floresta tropical do planeta para àquela que foi considerada a última fronteira? Da Amazônia à Antártida, esta é a viagem que conto neste diário a bordo do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace. Organizada para pesquisar o impacto do colapso climático sobre o continente gelado, em especial sobre as colônias de pinguins, a expedição reúne nove cientistas, alguns com 25 anos de experiência na Antártida. No início do século 20, a corrida para o polo sul marcava o olhar do conquistador que precisava fincar sua bandeira sobre a terra que desbravava. Hoje, no século 21, nosso desafio é dimensionar o impacto da ação humana que alterou o clima do planeta e buscar caminhos para reduzi-lo. Deixo uma floresta em convulsão, cada vez mais perto do ponto de não retorno, para me embrenhar num universo que literalmente derrete.

Acompanhe os relatos da viagem:

1. Há aliens embaixo da sola dos meus sapatos?

Em algumas horas estarei a bordo do Arctic Sunrise, um navio mítico da organização ambiental Greenpeace, usado para pesquisas científicas e ações de denúncia pelo mundo. Assim começa o primeiro capítulo deste diário

2. É luz demais

No segundo relato enviado da Antártida, Eliane Brum narra o sentimento de “maravilhamento” que tomou conta dela ao entrar em um território livre de carimbos: “Sentia saudade de chorar pela beleza. Chegando na Antártida, eu chorei e chorei”

3. Temos o direito de estar aqui?

Sabe quando você está entrando na casa dos outros sem pedir licença? Em seu terceiro relato enviado da Antártida, a jornalista escreve sobre o incômodo de pisar na morada, ainda preservada, dos pinguins

4. Quase dentro da boca da baleia

Cada um no Arctic Sunrise tem uma história grande. É quase um navio de batalha por boas causas do mundo. Mas ninguém ali poderia imaginar que um dia enxergaria a garganta de uma jubarte, conta a jornalista em seu quarto relato de expedição na Antártida

5. O som da Antártida

Sabemos o quanto os motores dos navios, barcos e botes poluem os mares. Há ainda os sonares militares. A contaminação sonora confunde a comunicação das baleias, assim como o seu senso de direção, relata a jornalista em expedição no continente gelado

6. Acampando em outro planeta

Acampamos numa ilha na Antártida onde não existe registro de que alguém tenha dormido antes. Como típica humana tive dois pensamento reativos: “Ai! Estamos incomodando os pinguins”

7. Deu ruim na humanidade

No sétimo capítulo do diário de bordo na Antártida, a jornalista observa uma colônia de animais humanos endinheirados em estado de total negação da realidade.

8. Precisamos falar sobre cocô

No oitavo capítulo do diário de bordo na Antártida, a jornalista mostra como grandes belezas e animais gigantescos dependem de pequenas criaturas, algumas delas com uma cara muito esquisita

9. Um humano novo na fronteira da guerra climática

Deixo o fim do mundo e já me movo para o centro convencida de que para criar futuro precisamos enfrentar o sistema que nos levou ao colapso e nos tornar melhores ainda nesta geração

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