Mães na dor e na luta: as cearenses que buscam justiça pela Chacina do Curió
Elas esperam há mais de três anos por justiça pela morte dos seus filhos, ocorrida em 2015, em Fortaleza. Massacre terminou com 11 vítimas. Para elas, a luta é para evitar a morte de outros jovens
“No dia das Mães ele ia até a padaria…”, Maria de Jesus da Silva, 45 anos, não consegue concluir a frase e chora copiosamente. Respira. “Ele ia comprar pão e trazia uma flor para mim. Tenho todas as flores secas guardadas em um saco”, continua. Maria é mãe de Renayson Girão da Silva, 17 anos, assassinado por policiais militares há exatamente 3 anos e seis meses.
Ele é uma das 11 vítimas da Chacina do Curió, em Fortaleza, que aconteceu entre a noite do dia 11 e madrugada de 12 de novembro de 2015, com ataques no intervalo de menos de 6 horas nos bairros do Curió, Alagadiço Novo, São Miguel e Messejana. Maria, ao lado de Silvia Helena Pereira de Lima, 52 anos, mãe de Cícero de Paulo, um dos sobreviventes, e tia de Jardel Lima dos Santos, 17, e Edna Carla Souza Cavalcante, 47 anos, mãe de Álef Sousa Cavalcante, 17, e de outras mães formam o movimento Mães do Curió e lutam por justiça e pela memória dos filhos.
Também foram executados naquela madrugada Antônio Alisson, 17, Marcelo da Silva Mendes, 17, Patrício João Pinho Leite, 16, Jandson Alexandre de Sousa, 19, Francisco Enildo Pereira Chagas, 41, Valmir Ferreira da Conceição, 37, Pedro Alcântara Barroso 18, e Marcelo da Silva Pereira, 17.
Segundo investigação do Ministério Público Estadual do Ceará, 45 policiais militares promoveram a matança após a morte do PM Valtermberg Chaves Serpa, um dia antes, ao intervir em uma tentativa de assalto contra a esposa, em Lagoa Redonda. Em 2016, a Justiça do Ceará aceitou a denúncia contra 44 deles. Desses, 34 devem ir a júri popular, 10 foram considerados impronunciados, ou seja, sem provas suficientes para irem a julgamento no Tribunal do Júri. De acordo com o jornal O Povo, nove PMs retornaram ao quadro da corporação no mês passado, com a condição de não terem acesso à arma e se restringirem a serviços administrativos.
Durante muito tempo, a Chacina do Curió, ou da Grande Messejana, foi a maior da história do Ceará. Em janeiro do ano passado, uma ação de revide do GDE (Guardiões do Estado) contra o CV (Comando Vermelho) promoveu uma matança maior: 14 pessoas foram mortas no Forró do Gago, periferia de Fortaleza. Os casos se assemelham na medida em que ambos foram motivados por vingança e vitimaram pessoas aleatórias. Mas um foi praticado pelo Estado e o outro pelo crime organizado.
Em novembro do ano passado, a produtora Nigéria Audiovisual lançou o documentário “Onze”, que fala sobre a Chacina do Curió.
Em entrevista à Ponte, três das integrantes do movimento Mães do Curió afirmam que desejam a responsabilização do Estado no caso, além da punição dos assassinos. “Eu não aceito pagar o salario de quem matou meu filho. Eu paguei a bala que matou meu filho. Eu paguei a gasolina da viatura. Eu não aceito isso. E tem a retratação do Estado. Estamos esperando o pedido de desculpas, porque até hoje o Estado não recebeu as famílias. Já tem mais de três anos que bato na mesma tecla”, afirma Edna.
‘Tinha o sonho que ele servisse o Exército’
A cuidadora de idosos Edna Carla Souza Cavalcante, 47 anos, é falante. Os olhos são muito expressivos, embora os óculos não permitam que eles apareçam por completo. No jardim da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde ela, Silvia Helena e Maria tinham acabado de sair de uma reunião do Fórum Popular de Segurança Pública, ela foi a primeira a contar a história de seu filho mais novo, Álef Sousa Cavalcante, 17 anos, para quem sonhava uma brilhante carreira no Exército Brasileiro.
“Não imaginei que o sonho que tínhamos para meu filho ia ser interrompido pela própria polícia, destruído pela polícia”, desabafa.
Edna lembra até hoje de como soube da morte do filho. Ela trabalhava em uma creche e recebeu uma ligação pedindo o endereço de lá. “Nunca imaginei que era para receber a pior notícia da minha vida. Achei que eram pessoas querendo matricular filhos lá”, disse. Quando ela viu a filha chegando em um carro com outras pessoas, ficou sem entender. “Vi todo mundo com os olhos vermelhos, minha filha entrou, chegou perto de mim e disse: ‘fizeram uma emboscada para o Álef’. Eu fiquei atordoada, perguntei se o Álef estava bem, minha filha: ‘mãe, o Álef morreu’. O chão se abriu”, conta.
Depois de receber o baque pela perda do filho, Edna teve que enfrentar a tentativa de outra morte do filho: a da reputação. “Eu tava sabendo que estavam dizendo que meu filho era matador de policial. Ele não era. Deu um desespero muito grande dentro de mim. Porque ele não era aquilo. Além de perder meu filho, tive que aguentar gente dizendo que ele era vagabundo, matador de policial. Eu fiquei arrasada, chorando, não tive força. Eu queria morrer”, relata Edna, emocionada.
Hoje, Edna é uma das lideranças das Mães do Curió, onde encontra a força necessária para seguir em frente e preservar a memória do filho. “Ele era um menino doce, meigo. Adorava andar de skate. Não é fácil perder um filho. E a gente se apoia uma na outra e está na luta, mas muito além da chacina do Curió, a gente luta contra a violência policial de forma geral. A gente luta para que não venham a morrer outros jovens, outros Álefs, outros Jardeis…”, afirma. “Porque a gente sabe que na nossa sociedade, se você nasceu pobre, já nasceu marcado para morrer, já nasceu na guilhotina, porque é pobre, é negro, mora na periferia. A gente tem que lutar pelo nosso espaço, pela memória dos nossos filhos, pelos jovens que ainda estão vivos”, conclui.
‘Se eu desse o perdão para o meu filho, ele ia morrer’
A artesã Silvia Helena Pereira de Lima, 52 anos, é discreta. A fala é pausada e assertiva. Assim como Edna e Maria, tem dor e inconformismo no olhar. Um dos ataques daquela madrugada aconteceu muito próximo da sua casa e da igreja evangélica que frequenta. Ela é mãe de Cícero de Paulo, que sobreviveu à chacina, e tia de Jardel, filho de Suderli, que iniciou o movimento Mães do Curió. “Foi ao ver a dor da minha irmã que decidi ir para luta”, conta Silvia.
Naquele 12 de novembro, Silvia conta que estava se preparando para dormir quando ouviu os tiros. Assustada, ficou andando pela casa, um pouco desnorteada sem saber o que fazer e pensou imediatamente no filho. Não demorou muito para o telefone tocar: era a filha dela, desesperada ao telefone, falando coisas desconexas. “Eu gritei com ela e então consigo entender que o Cícero tinha tomado um tiro”.
Silvia tira a camisola, coloca um vestido, explica ao marido o que aconteceu e rapidamente sai na rua. “Eu fui a primeira a chegar no local. Eu vi meu filho próximo ao portão, deitado, e um jovem caído em um degrau de uma escada ao lado. Eu achei que o rapaz fosse o Jardel. O Álef e o Jardel eram bem parecidos de costas. Meu filho começou a me chamar ‘mãe, mãe’. A gente tinha discutido mais cedo e ele dizia: ‘mãe, me perdoa’. Ele queria o meu perdão, mas eu não dei, porque eu não queria que ele morresse”, relembra, bastante emocionada.
É Silvia quem aciona a polícia, pelo número 190, e informa que havia pelo menos dois jovens baleados. Ao procurar saber a condição dos ferimentos, Silvia escuta alguém gritar: “eles estão voltando”. Agachada atrás de uma mureta, ela sussurra: “Filho, cala a boca. Eles estão voltando e se escutarem, vão te matar”. Os atiradores de fato voltaram ao local, desceram do carro, recolheram, segundo Silvia, “alguma coisa, imagino que cartuchos”, além de documentos e celulares, e, antes de saírem, deram mais tiros nos meninos já caídos. “Meu filho voltou a tomar tiro nesse momento. Mas o tiro raspou e não acertou na cabeça. E depois foram embora. O tempo todo eu estou com o 190 na linha e eu nem tinha me tocado que ainda estava falando com a polícia”.
Além de Jardel, no local foram mortos Álef, filho de Edna, e Pedro. Para Silvia, restava a difícil tarefa de contar à irmã que o filho havia morrido. “Eu cheguei a tocar no Jardel, mas ele já estava morto mesmo. O tiro saiu pelo olho ou entrou pelo olho, não sei. Tinha muito sangue. Eu não consegui ligar pra minha irmã. Pedi para uma outra irmã dar a notícia”, conta. “A Suderli é uma fortaleza. Ela transformou a dor em luta. Tudo começou quando, imediatamente após a chacina, começaram a tentar criminalizar a imagem dos meninos. Ela chamou a imprensa na casa dela e contou tudo. Eu tenho muita admiração por ela, pela força, e isso me contagiou”, explica.
O filho de Silvia levou 12 tiros, chegou a ficar em coma e passou por diversas cirurgias: teve perfuração no rim, pulmão, fígado e bexiga. Ainda hoje tem uma bala alojada nas costas. Silvia lembra da angústia durante o período que o filho estava no hospital. “Ficava cheio de polícia lá, eu tinha medo que entrassem atrás do meu filho e terminassem o serviço”.
Quando ele teve alta, pouco tempo depois, foi Silvia quem caiu de cama. “Tive um problema renal e pressão alta. Até hoje sofro as consequências. Meu filho também. Até hoje tem pesadelos constantes. Ele passou a falar sobre o tema em público recentemente. Mas sempre que ele se sente exposto ao tema de alguma forma, ele fica doente. Dá febre, desarranjo intestinal”, relata.
Silvia saiu do Curió logo após a chacina. O marido dela não gosta da militância da companheira por temer represálias. Mas Silvia sente que precisa dar continuidade ao trabalho de luta, do qual a irmã, por questões de tempo, acabou se afastando. Ao ser questionada sobre o medo, Silvia é bastante realista. “Eu tenho medo, sim. E como tenho. Mas não posso me deixar levar por esse medo. Mas é claro que o medo existe sempre quando a gente vê um carro da polícia, quando a gente vê um fardado andando. Nunca mais será a mesma coisa”, conclui.
‘Atiraram no olho dele. Por que?’
A técnica em nutrição Maria de Jesus da Silva, 45 anos, é vaidosa. Ela foi a última a falar com a reportagem após a reunião do Fórum Popular de Segurança Pública. Ela estava acompanhando o relato de Edna quando pediu licença e se afastou um pouco. As companheiras do movimento a definem como “a mais sensível de todas”. Em pouco tempo de conversa com a Ponte, é possível observar que, de fato, Maria é pura delicadeza, mas muito longe de ser frágil. Além de frisar que está na luta por justiça, Maria procura incessantemente entender por que policiais mataram Renayson Girão da Silva, 17 anos, “um menino maravilhoso”, como ela definiu. “Eles deram abordagem nele, passaram a viatura em cima do meu filho ainda vivo. Eles atropelaram meu filho e depois atiraram nele. Por que? Para mim falar disso é muito doloroso”, desabafa.
Renayson era um adolescente comum: tinha uma namorada e amava jogar futebol. Tanto que criou um time de várzea no bairro José Walter, onde vivia, chamado Metamorfose. No dia em que foi morto, ele havia ido buscar a mãe no trabalho e depois avisou que iria deixar a namorada em casa, na região do Curió, e que voltaria por volta das 22h. Maria dormiu e foi acordada com a notícia, trazida por uma tia de Renayson. Ela lembra que não estava entendendo direito o que acontecia. Primeiro achou que o filho tinha sido preso. “Quando entendi que ele tinha sido morto, pirei. Só pensava que ontem ele estava aqui comigo. Tinha um lugar de casa que até hoje não consigo ir. Ele ficava ali sempre deitado numa rede e ouvindo música. Vivia me chamando para tudo, mãe para cá, mãe para lá. Eu só pensava: ‘o que eu vou fazer?'”, lembra.
Foi a filha de Maria quem reconheceu o corpo do irmão no IML (Instituto Médico Legal). “Eu não tive coragem, não queria acreditar que meu filho estava lá. Só acreditei, quando minha filha veio pra mim, me abraçou e os olhos dela nadavam em lágrima”, conta.
Para Maria, dois dias são marcados de saudade: o dia 19 de fevereiro, aniversário do filho, e o Dia das Mães, quando Renayson tinha hábito de ir até a padaria, comprar pão e trazer uma flor para ela. “Eu tenho umas coisas dele guardadas e de vez em quando eu arrumo. Quando estou arrumando, pego e cheiro. E tem o cheiro dele ainda. Ele era muito vaidoso. Não consigo sentir o cheiro é do creme que ele usava. Eu me arrepio todinha. E não vou mentir, ainda tenho o vidro guardado nas minhas coisas”.
Com sofrimento, Maria faz questão de contar sobre o enterro de Renayson, em Barreiras, no interior do estado. Foi nesse momento, que ela teve a dimensão da violência que a polícia fez ao filho. “Eu passei a noite todinha balançando em uma rede, olhando para ele como se estivesse passeando num parque, mas eu estava vendo meu filho dentro de um caixão. Todo mundo tinha ido se recolher. Eu me aproximei dele e tirei o pano que estava sobre o rosto dele e vi que atiraram no olho dele”.
Maria manifesta indignação pela demora para um desfecho do caso e, sobretudo, pelas pessoas que tentaram imputar crimes nos meninos assassinados naquele novembro de 2015. “Toda mãe conhece o seu filho. O que a gente quer é justiça e que o Estado venha se retratar. Esses 3 anos e 6 meses que já vai encaminhar para os 4 anos e vemos as coisas piorando. Os PMs voltaram a trabalhar. Eu me sinto indignada sabendo que todos os meses no meu contracheque é descontado uma parte para eu pagar o salário deles”, critica. “Por isso vim para a militância: para lutar por justiça para os que foram e para os que virão”, conclui.
Sobre o caso
Em 14 de junho de 2016, o Ministério Público do Ceará denunciou 45 policiais militares pelos homicídios qualificados e consumados de 11 pessoas, 3 homicídios tentados e por torturas físicas e psicológicas contra 4 pessoas. Em agosto, a Justiça do Ceará aceitou a denúncia contra 44 agentes, excluindo o coronel da PM Plauto Roberto de Lima Ferreira, e decretou a prisão preventiva dos acusados. O grupo foi liberado entre maio e junho de 2017.
Dos denunciados, a Justiça decidiu que 34 irão para o Tribunal do Júri e 10 foram considerados impronunciados, ou seja, sem provas suficientes para que se tornassem réus pelos assassinatos. O Ministério Público entrou com recurso contra a impronúncia e aguarda, até hoje, a decisão da 3ª Câmara Criminal, que tem como relator o juiz Antônio Pádua Silva.
Em entrevista à Ponte, o promotor Marcus Renan Palácio explicou que o processo é bastante complexo porque envolve um número muito grande de réus. Além disso, nos últimos anos, tanto as defesas dos policiais quando o próprio MP interpôs uma série de recursos, o que acaba protelando o desfecho. “Um processo com 44 acusados não é um processo cuja instrução criminal se desenvolva em um lapso temporal que seja satisfatório para a população em geral. Mas o processo foi concluído em um período razoável considerando a complexidade e a quantidade de réus. Para mim, o coronel foi responsável, ainda que por omissão. A gente espera que em breve esses PMs sejam julgados no Tribunal do Júri”, explica o promotor, que reafirma a convicção de que os agentes de Estado participaram de uma forma ou de outra dos assassinatos.
“Nem todos apertaram o gatilho, mas todos concorreram para as mortes. Houve um caso, por exemplo, em que uma viatura estava a uma quadra de onde pessoas estavam sendo executadas. Particularizando esse caso para explicar, para o Ministério Público, seguramente as pessoas que estavam nessa viatura sabiam do que estava acontecendo e nada fizeram”, explica Marcus.
O Ministério Público levou 10 meses para identificar e individualizar as condutas dos 44 policiais, com uma força-tarefa que atuava semanalmente para ouvir todas as testemunhas e analisar provas. Ao contar sobre a complexidade do processo, o promotor lembrou que a juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, titular da 1ª Vara do Júri, alegou razões de “foro íntimo” para não julgar o caso, que passou para o juiz Eli Gonçalves Júnior.
Eli pediu então que um colegiado fosse formado composto por três juízes titulares e três suplentes. É esse órgão que toma as decisões relacionados ao caso. Por conta dos recursos que ainda tramitam, não há data prevista para o julgamentos dos 34 réus. “Não deixa de envolver a própria instituição. A prevalecer a tese do Ministério Público, ou seja, se vierem os acusados a serem condenados, e essa decisão condenatória transitar em julgado, sim, se assim as famílias desejarem, podem acionar o Estado para pedir indenização. Isso está previsto na legislação”, explica o promotor Marcus Renan.
Os policiais Maria Bárbara Moreira, Francisco Helder de Sousa Filho, Igor Bethoven Sousa Oliveira, Gerson Vitoriano Carvalho, Josiel Silveira Gomes, Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes, Luís Fernando de Freitas Barroso, Gildácio Alves da Silva e Daniel Fernandes da Silva retornaram à corporação, segundo o jornal O Povo, no mês passado, e exercem atividades administrativas, fora das ruas e não têm direito a porte de arma.
A seguir, a lista de todos os PMs considerados réus no processo: Antônio Flauber de Melo Brazil, Antônio Carlos Matos Marçal, Clênio Silva da Costa, Francisco Hélder de Sousa Filho, Igor Bethoven Sousa de Oliveira, José Oliveira do Nascimento, José Wagner Silva de Sousa, Maria Bárbara Moreira, Kelvin Kessel Bandeira de Paula, Samuel Araújo de Aquino, Marcílio Costa de Andrade, Eliézio Ferreira Maia Júnior, Marcus Vinícius Sousa da Costa, Antônio José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas, Ideraldo Amâncio, Daniel Campos Menezes, Luciano Breno Freitas Martiniano, Daniel Fernandes da Silva, Farlley Diogo de Oliveira, Francisco Fabrício Albuquerque de Sousa, Francisco Flávio de Sousa, Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes, Gerson Vitoriano Carvalho, Gildácio Alves da Silva, José Haroldo Uchoa Gomes, Josiel Silveira Gomes, Luís Fernando de Freitas Barroso, Renner Diego Marques, Ronaldo da Silva Lima, Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes, Thiago Aurélio de Souza Augusto, Fábio Oliveira dos Santos e Francinildo José da Silva Nascimento.
A Ponte procurou a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará) para questionar sobre as atividades dos policiais reincorporados, além de confirmar o número e nomes de todos, mas, até o momento, não houve retorno.
Reportagem originalmente publicada no site da Ponte Jornalismo.
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