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Como viver a maternidade à sua maneira e sem culpas

É preciso aproveitar a data para reivindicar o direito de ser mãe com liberdade e igualdade

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Carolina García
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A campanha da loja de departamentos El Corte Inglés para o último domingo, 5 de maio, quando se celebrou o Dia das Mães na Espanha, não deixou ninguém indiferente. Com o slogan “100% mãe”, e dizeres em letras menores acrescentando “97% entregue, 3% de queixas, 0% egoísmo”, a iniciativa gerou polêmica nas redes. Em um momento social no qual o empoderamento feminino — e consequentemente o da maternidade — ganha cada vez mais força, e no qual se pretende deixar para trás a sociedade patriarcal, muitos viram nessa publicidade um passo atrás, além de um tom rançoso. "À campanha 100% mãe eu acrescentaria: ‘e 100% profissional, e 100% amiga, e 100% companheira, e...’. É importante salientar que não somos só o que fazemos, mas também nossos papéis. Somos tudo isso e muito mais. Como sociedade, considero que devemos deixar que cada mulher decida como quer viver sua vida, que ingredientes quer nela, e aceitar todas as possibilidades como valiosas. Como mulher, precisamos nos dar a liberdade para fazer essa escolha com confiança e segurança.”

Estas palavras são de Mónica García, coach de desenvolvimento pessoal, formadora, conferencista e diretora do centro El Factor Humano, em Burgos (norte da Espanha). Para a especialista, “existe um novo modelo de maternidade atualizado e livre de condicionamentos, que desterra mitos e condições expostas para ser experimentada a partir da liberdade e da igualdade”. A sociedade não facilita que as mulheres possam alcançar este objetivo: um mercado profissional hostil, que dificulta, e muito, a conciliação de horários, e um patriarcado muito enraizado que ainda persiste. Assim, este Dia das Mães é uma jornada para a reivindicação, em que devemos refletir sobre "o papel atual da mulher como progenitora e a necessidade de renová-lo, para benefício dela e de todo seu entorno", prossegue García.

Uma mulher que se torna mãe, "muito a seu pesar, não é tão livre quanto gostaria de ser, já que muitas vivem condicionadas pelo que a sociedade (e inclusive sua própria família) espera dela como mãe”, afirma a especialista. “Achamos que podemos escolher que maternidade queremos viver, mas isso não é totalmente correto. Muitas mulheres vivem sua maternidade como os outros esperam delas, não como elas realmente querem”, conclui.

Como as mães podem se liberar dos papéis impostos?

Para García, há cinco pontos fundamentais:

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