Greve dos caminhoneiros faz taxista apelar para álcool de cozinha para abastecer carro

No Recife, o taxista Antonio Firmino da Silva diz que não aceita mais corridas de grandes distâncias. "Ontem fiquei quase três horas na fila do posto para colocar 30 reais de gasolina", diz. Em 25 anos de profissão, Antonio nunca havia passado por uma crise assim. "Ontem [quinta-feira] um colega nosso entrou na farmácia, comprou álcool e colocou no carro para conseguir chegar em casa", conta. As informações são da repórter Marina Rossi.

Em São Paulo, na rodoviária Tietê, pessoas que queriam viajar para o Nordeste enfrentaram fila no guichê da viação Itapemirim. A empresa cancelou todas as viagens de longa distância que faria nesta quinta-feira. "Meu ônibus para Fortaleza estava marcado para 13h. Ficamos mais de uma hora na plataforma sem que ninguém da empresa nos avisasse de nada", reclama Zé Batista, ao lado de sua esposa.

Em um supermercado na zona oeste do Recife, o tomate e a batata acabaram na manhã de quinta-feira. Já a cebola desde a quinta-feira teve o preço remarcado, disse um funcionário.

Na tarde desta quinta-feira, Marcia era uma das pessoas que esperavam pelo ônibus 6030-10 numa longa fila no terminal Santo Amaro, em São Paulo. Já estou aqui há 15 minutos e terei que esperar pelo próximo", reclama. Um funcionário da empresa TransWolff diz que 50% da frota foi reduzida devido à falta de combustível. As informações são do repórter Felipe Betim.