_
_
_
_

O mexicano que aprendeu a esquiar aos 42 anos e ficou em último nas Olimpíadas de Inverno

Um ano após calçar os esquis pela primeira vez, Germán Madrazo comemorou como uma vitória terminar os 15km quase 26 minutos atrás do primeiro

Germán Madrazo cruza a linha de chegada com a bandeira do México.
Germán Madrazo cruza a linha de chegada com a bandeira do México.Matthias Hangst (Getty Images)
Mais informações
O patinador gay, sem filtros, anti-Trump e estrela dos Jogos Olímpicos de Inverno
De um país tropical aos Jogos de Inverno: conheça os brasileiros que estão na Coreia do Sul

Ao final dos 15 quilômetros do esqui cross-country nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, o recebimento mais caloroso foi ao mexicano Germán Madrazo, 43 anos, que cruzou a linha de chegada com um enorme sorriso e uma bandeira de seu país. Abraçaram-no e colocaram-no nos ombros de Apita Taufatofua, esquiador conhecido como o besuntado de Tonga na cerimônia de abertura, e do marroquino Samir Azzimani. Madrazo terminou em último, na posição 116, a mais de 25 minutos do vencedor, o suíço Dario Cologna, que precisou de 33 minutos e 43 segundos para conquistar seu terceiro ouro seguido.

Madrazo nunca havia usado um esqui até os 42 anos de idade, em janeiro de 2017, um pouco mais de um ano antes do compromisso olímpico na Coreia do Sul, onde integrou a pequena delegação mexicana de quatro esportistas.

Madrazo nos ombros do besuntado de Tonga.
Madrazo nos ombros do besuntado de Tonga.Odd Andersen (AFP)

Germán Madrazo foi uma criança que sonhava em ser nadador. Competiu em torneios nacionais organizados nas instalações do Comitê Olímpico Mexicano e dedicou-se aos triathlons. Mas em 2014, com os Jogos de Sochi acontecendo, percebeu a ausência de mexicanos no esqui cross-country. Colocou como meta se classificar a Pyeongchang; teve que vender suas bicicletas de competição e pedir empréstimos para competir na Europa. Foi na Islândia onde aprendeu a esquiar.

Após ter sido o representante de seu país na cerimônia de abertura, Madrazo se tornou nesta sexta-feira, outra vez com a bandeira mexicana em riste, uma das imagens marcantes dos Jogos, que lembra o nadador guineense Eric Moussambani, último colocado dos 100 metros nos Jogos de Verão de Sidney, em 2000.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_