A economia de Yellen
Federal Reserve inicia uma normalização monetária prudente e “telegrafada”
A partir de outubro o Federal Reserve dos Estados Unidos começará a retirar as ajudas monetárias excepcionais adotadas para combater a crise financeira de 2007. Dez anos depois, de forma gradual e bem definida, o Fed começará a reduzir os ativos adquiridos para ajudar instituições bancárias. A progressividade é a chave da operação de desmonte: uma redução dos bônus do Tesouro e dos bônus hipotecários em 6 bilhões e 4 bilhões de dólares (cerca de 18,7 e 12,5 bilhões de reais) ao mês, respectivamente, durante o primeiro trimestre e, depois, de forma progressivamente acelerada.
A presidenta do Fed, Janet Yellen, preparou cuidadosamente o retorno à normalidade monetária. Todos os passos serão medidos e explicados, razão pela qual seu impacto nos equilíbrios globais deve ser mínimo. Podem se passar anos entre o início do programa, em outubro, e o fim do desinvestimento. Mas, com cautela ou sem ela, o cenário econômico internacional será muito diferente. Por exemplo, a redução do saldo líquido da dívida do Fed pode aliviar a pressão sobre o euro, que tem sido muito forte nos últimos meses. Um Euro menos forte favorecerá as vendas europeias. É muito provável que Draghi retroceda no caminho da excepcionalidade monetária também em outubro, mas com dois anos de atraso. O BCE reduzirá gradualmente as compras de dívida; depois aumentará também progressivamente as taxas de depósito e, finalmente, deixará de reinvestir (o que o Fed fez agora) talvez no fim de 2019.
A normalização monetária implica que as autoridades econômicas norte-americanas estão otimistas quanto à situação. Mas existe o risco Trump: o mandato de Yellen termina em janeiro de 2018 e o presidente provavelmente buscará um substituto. O Fed que for delineado por Donald Trump, caso se atenha às suas teorias estranhas, pode ser um fator de desestabilização econômica.
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