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Neymar marca em seu primeiro jogo e já é líder no PSG

Em sua estreia o atacante comanda a vitória de sua equipe, assume papel de armador e assina sua atuação com um gol

Neymar controla a bola
Neymar controla a bolaJEAN-SEBASTIEN EVRARD (AFP)

Neymar estreou com o Paris Saint-Germain, o fez com vitória e com a demonstração de que assumirá papéis um pouco diferentes aos que tinha em Barcelona, onde era mais exigido no drible e para dar amplitude à equipe pelos lados do campo. O brasileiro foi bem em sua estreia francesa como armador por dentro, com liberdade para se deslocar para trás, receber e bombardear a retrancada defesa do Guingamp. Deu soluções criativas a sua equipe e exerceu o papel de líder, não se podia esperar menos de um jogador que custou 222 milhões de euros (838 milhões de reais). E assinou sua boa atuação com um gol, o terceiro de sua equipe para uma vitória que coloca o PSG no pelotão de liderança do Campeonato Francês, junto com os favoritos como o Lyon, Mônaco, Olympique de Marseille e o Saint-Étienne..

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Neymar esteve melhor quando esqueceu a prancheta. Começou rígido, como se fosse obrigado a entrar em jogo somente quando a bola transitasse por seu raio de ação, uma posição na extremidade esquerda do ataque. Em um desenho semelhante ao 4-3- 3 os supostos atacantes não tinham a missão de trabalhar pelos lados, mas caindo por dentro na busca por conexões, quase sempre de tabelas que derrubassem a forte retranca feita pelo Guingamp. Os laterais deveriam jogar pelos lados. Mas Neymar cresceu à medida que buscou outros espaços, assim que conseguiu ficar com a bola em situações que tinham mais a ver com a armação do que com a finalização. Começou a distribuir o jogo de posições mais recuadas e com a bola nos pés sentiu que entrava na partida.

Guingamp não é um território amável. No coração da Bretanha, são os Asterix do futebol para transformar em realidade o milagre de um clube que quer se consolidar na elite do futebol francês, a qual retornou há quatro anos após superar uma época de trevas após uma primeira idade de ouro no começo do século atual. Guingamp tem 7.000 habitantes, o clube tem mais de 10.000 sócios e o estádio, mais de 18.000 lugares, um time que representa o vilarejo, na realidade uma região. Seus jogadores transformaram cada ação da partida em uma guerrilha, apoiados por uma torcida incansável, multiplicados, por momentos até suficientes diante de um rival que inicialmente parecia paciente, mas também um tanto displicente.

Neymar acrescentou tempero. Ele se revoltou contra a rigidez dos insossos 15 minutos iniciais, que viu somente uma tentativa de Cavani que saiu por cima do gol dos donos da casa.Apareceram então algumas jogadas de efeito do brasileiro, tentativas pela diagonal e por fim,após meia hora de jogo, um cruzamento sensacional que Marquinhos cabeceou com força. A bola explodiu com estrépito na trave. Essa foi quase toda a produção do Paris Saint-Germain contra o gol rival durante o primeiro tempo. O gol que abriu o marcador veio mais por insistência do que por futebol, mais por sorte do que por mérito. Neymar voltou a atacar pelo meio e causou um incêndio no qual a zaga local jogou gasolina e que acabou com um gol contra do zagueiro Ikoko que não pôde ser defendido pelo goleiro. Entra assim para a história que na noite de estreia de Neymar no PSG e no Campeonato Francês o primeiro gol da equipe parisiense foi marcado por um jogador da base do Guingamp contra sua própria meta.

O ritmo da partida não se alterou com a mudança no marcador. O monólogo continuou e o time parisiense acalmou sua crescente dificuldade. Já tiveram uma experiência ruim em Guingamp na temporada passada quando foram derrotados em uma partida idêntica.Qualquer resquício de medo foi dissipado quando Neymar e Cavani fizeram boa jogada para o segundo gol. O brasileiro, confortável no papel de armador, deu um passe magnífico entre as linhas de defesa para deixar o uruguaio na cara do gol. Cavani lhe devolveu o favor no terceiro gol. Parece que sempre se entenderam.

O Mônaco impede que seu técnico disponha de Mbappé

O Mônaco não precisou do seu craque Mbappé em Dijon, preservado no banco. Parecia uma decisão técnica, mas o treinador Leonardo Jardim esclareceu ao final da partida que foi uma imposição do clube. Falcao se encarregou dos detalhes futebolísticos do Mônaco ao marcar três gols.

Tudo indica que Mbappé deve sair imediatamente. Se chegar a Paris engrossaria um elenco estelar. Em sua visita a Guingamp, o técnico espanhol do PSG Unai Emery utilizou uma escalação com três meio- campistas,  Thiago Motta, Verratti e Rabiot, e dois atacantes, Neymar e Di María. Guedes e o argentino Pastore, que cedeu seu lugar no time titular ao brasileiro em relação à rodada anterior, aguardaram no banco.

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