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Atentado na Somália, terror e caos em meio à fome aguda e à seca. Entenda Mogadício foi alvo de um ataque terrorista no sábado que deixou mais de 300 mortos. A falta de atendimento adequado às vítimas agrava a situação de um país cuja história é ligada à guerra, ao terrorismo do Al Shabab, à pirataria no Oceano Índico e à seca extrema Na Somália, 739.000 pessoas precisaram deixar obrigatoriamente seus lares em busca de alimento e passaram a viver em campos de refugiados como o de Hodo, norte da Somália. As famílias, em sua maioria mulheres e crianças, levantam as cabanas com o mínimo, com pedaços de tela e plásticos. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) As mulheres mais velhas do país não se lembram de uma situação de seca igual, apesar de viverem duas declarações anteriores de fome, em 1992 e em 2011. Enquanto os homens se movem com o gado em busca de pastos, as mulheres e as crianças ficam nos campos de refugiados à espera da ajuda humanitária. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) Os rios na Somália estão secos por culpa da falta de precipitações há quatro anos e previsões que indicam que na próxima estação de chuvas, que começa em outubro, nada irá mudar. Por isso, a situação nutricional e de acesso à água potável pode deteriorar-se gravemente. De secas a cada 10 anos, o país passou a sofrê-las anualmente. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) No hospital de Garowe, norte da Somália, as crianças internadas com desnutrição aguda severa recebem tratamento nutricional da Save the Children. Além da escassez de alimentos, a falta de água limpa provocou a propagação de doenças como o cólera. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) Amena e seus dois filhos, de quatro anos e sete meses, sobrevivem em um campo de refugiados de Puntlandia, norte da Somália. O menor sofre de desnutrição e, momentos após a foto, foi levado ao hospital para receber tratamento nutricional. “Não tenho nada, minhas 50 cabras morreram e não há leite para as crianças”, conta Amena entre lágrimas. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) A paisagem dos campos de refugiados da Somália é formada majoritariamente por mulheres e crianças. As famílias se separam: os homens caminham com o gado sobrevivente em busca de pastos e o resto fica nos campos sem nenhum tipo de recurso. A única prioridade é subsistir, salvar a vida. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) Sahra vive com seus cinco filhos em um barraco no campo de refugiados de Hodo, no norte da Somália. Esta mulher chegou neste lugar inóspito depois de caminhar mais de 160 quilômetros e ver dois de seus filhos morrerem de fome pelo caminho. Uma de suas filhas sofre de desnutrição aguda severa. Neste campo 1.000 pessoas sobrevivem no mais absoluto desespero. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) A seca matou 65% do gado da Somália, principalmente cabras e camelos, o que sentenciou à miséria a maior parte do país, de tradição nômade. Restam poucos animais nessa terra assolada pela desertificação. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) Fatima levou seu filho Hadid, de apenas cinco meses, ao hospital à beira da morte. Ela não tinha absolutamente nada para alimentá-lo. Na Somália, 275.000 crianças sofrem com desnutrição aguda severa por culpa da seca que arrasou a criação de gado e as escassas plantações. Hadid recebe tratamento nutricional em um hospital de Garowe, em Puntlandia, no norte do país. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) A pequena Fatuja foi internada no hospital de Garowe. Foi levada por sua avó (à direita, de lenço de quadrados vermelho e branco) ao ver que a menina desfalecia e não conseguia sustentar-se com as pernas. Sua avó precisou tomar conta de Fatuja e seus nove irmãos após sua filha e mãe das crianças morrer de fome. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) Na Somália a água é um bem primordial, mas em alguns lugares é preciso escavar poços de até 400 metros de profundidade para poder encontrá-la. Na imagem, uma mulher luta contra o vento no campo de refugiados de Hodo, norte do país. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN) Não há infância para as crianças de Somalia. A maioria não vão à escola porque as famílias não têm dinheiro para pagar a matrícula e porque a prioridade é a sobrevivência e conseguir alimentos e água. Na imagem, um grupo de crianças recolhe água de um poço no campo de deslocados de Hodo, no norte do país. PEDRO ARMESTRE (SAVE THE CHILDREN)