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Quais os países que mais crescerão em 2017? E quem crescerá menos?

PIB da Líbia deve ter o maior crescimento (53,7%), segundo previsões do FMI. Brasil cresce 0,2%

A economia mundial crescerá 3,5% em 2017, quatro décimos acima do ritmo de crescimento com que terminou 2016, é o que diz a projeção divulgada nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Isso representa uma ligeira melhora (+0,1) sobre a projeção realizada pelo organismo há quatro meses e uma mudança na tendência dos anos anteriores, em que todas as previsões eram de baixa. A Líbia será a economia que mais crescerá, 53,7%, muito à frente do segundo colocado na lista do FMI: a Etiópia, com 7,5%. Espanha, que crescerá 2,6%, fica na 115ª posição entre 191 nações.

Por regiões, os prognósticos do FMI revelam um crescimento econômico desigual: a Europa avançará a uma taxa interanual de 2% nos dois próximos anos, similar ao ritmo da América do Norte (2,2% em 2017 e 2,4% em 2018). Já as economias emergentes crescerão 4,5% e 4,8% em 2017 e 2018, respectivamente. Na Ásia, o crescimento será mais que o dobro do registrado nas principais economias (5,5% em 2017 e 5,4% em 2018), enquanto a América Latina crescerá mais devagar que a Europa em 2017 (1,1%), e na mesma velocidade em 2018 (2%) — o Brasil deve crescer apenas 0,2%.

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Entre as economias desenvolvidas, as que mais vão crescer em 2017, de acordo dom o prognóstico do FMI, são a Espanha, os Estados Unidos e o Reino Unido. A expansão chegará a 2,6% na Espanha em 2017, uma melhora de três décimos em relação à última estimativa, de janeiro, mas uma freada brusca na comparação com o avanço de 3,2% registrado em 2016. A desaceleração se agravará em 2018, quando o Fundo prevê que o crescimento cairá para 2,1%, o mesmo que no último cálculo.

No caso dos EUA, a projeção de crescimento do FMI é de 2,2% para 2017 e de 2,4% em 2018. Isso representa uma tendência de alta para a economia norte-americana, que em princípio não refletirá as novas políticas de Donald Trump. No Reino Unido também surpreende a alta de 2% prevista para 2017, dois décimos acima do crescimento registrado em 2016. Os efeitos do Brexit, segundo o FMI, serão notados em 2018, quando o crescimento econômico cairá para 1,5%.

A projeção de crescimento econômico mundial para 2018 é de 3,6%, um décimo acima da previsão para este exercício. Apesar disso, existe a preocupação com o tímido avanço das economias desenvolvidas e pela desaceleração da China, que crescerá 6,6% e 6,2% em 2017 e 2018, respectivamente, um e dois décimos acima da última estimativa.

Inflação na Venezuela

A grave crise que atinge a Venezuela está ligada à tendência hiperinflacionista. Isso impede o país de sair da recessão em que está mergulhado. Em 2016 a economia caiu 18% e o Fundo prevê que se retraia 7,4% este ano e 4,1% em 2018.

Por enquanto, a inflação não dá sinais de ceder e faz os preços se multiplicarem a cada ano. A previsão do FMI é que os preços se multipliquem por oito em 2017 (uma alta de 720,5%) e voltem a se multiplicar por mais de 21 em 2018 (uma inflação de 2.068,5%), o que significa que o nível de preços se multiplicaria por quase 178 em dois anos. Em outras palavras, uma alta de preços equivalente a 17.692% em apenas dois exercícios.

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