A Champions segue sem despertar o Leicester de seu conto de fadas
Classificação para as quartas de final dá fôlego aos ‘foxes’, que lutam para não cair na Premier League
O Leicester City vive uma dessas situações ilógicas que tão bem combinam com o mundo do futebol. É o 15º classificado na Premier League, a três pontos da zona de rebaixamento, e ao mesmo tempo é uma das oito melhores equipes da Europa. Entrou para esse grupo seleto depois de eliminar o Sevilla nas oitavas de final da Champions League, torneio que disputa pela primeira vez em seus 133 anos, após contrariar todos os prognósticos e se sagrar campeão inglês na temporada passada. Hoje é um time com muitos problemas na Inglaterra, mas que caminha a passos firmes na mais importante competição de clubes do mundo. Ilógico? Pode ser, mas o futebol nunca usou a razão como critério para o merecimento.
“Os jogadores e o clube podem ficar orgulhosos. O caráter que demonstramos foi incrível. Foi um jogo especial, meus atletas jogaram maravilhosamente e a torcida nos apoiou desde o primeiro momento”, disse o técnico Craig Shakespeare depois do jogo. "Foi importante manter a cabeça fria. Tinha insistido aos jogadores para que não perdessem a calma. O Sevilla é uma das melhores equipes da Europa, e queríamos ser competitivos, demos muito valor a isso. Também soubemos controlar o jogo de domínio deles. Impondo uma pressão forte, conseguimos”, comentou.
Já os sonhos domésticos dos foxes começaram a se desvanecer desde o começo desta temporada, que começou com uma derrota (2 x 1) diante do Hull. A primeira vitória no Campeonato Inglês só viria na terceira rodada, mas qualquer aspiração da equipe então comandada por Claudio Ranieri desmoronou a partir de dezembro. Depois de cair por 2 x 1 diante do Sunderland – hoje lanterna –, acumulou nove derrotas, dois empates e apenas duas vitórias nas 13 partidas seguintes. Um descarrilamento que custou o cargo a Ranieri. Craig Shakespeare, que era assistente do italiano, assumiu seu lugar, e desde então o Leicester acumula duas vitórias consecutivas na Inglaterra (Liverpool e Hull City) e uma na Europa. Circulam na Grã-Bretanha rumores de que a reação seria um reflexo da insatisfação de vários pesos-pesados da equipe com o ex-técnico.
Entretanto, os tropeços domésticos não se reproduziram na Europa. Após passar em primeiro lugar pela fase de grupos, sofrendo apenas uma derrota, contra o Porto – por 5 x 0, isso lá é verdade –, o Leicester eliminou o Sevilla, atual campeão da Liga Europa, graças a um exercício de fé que evoca a epopeia que, em apenas duas temporadas, levou esse time da Championship (segunda divisão inglesa) ao surpreendente título da divisão principal inglesa. Mas a trajetória do Leicester na Champions continua sendo um papel em branco sem prazo de validade. E o sonho continua vivo, ele ainda é de verdade.
“Pode ser que sejamos a equipe revelação, mas estamos aqui por nossos próprios méritos. Claudio será sempre benquisto neste clube, e é graças à sua etapa, quando o time voava, que estamos aqui e que conseguimos este resultado”, salientou Shakespeare.
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