Amigo de Temer corrobora trecho de delação da Odebrecht e acusa Padilha
José Yunes, que deixou Governo, diz ter sido feito de "mula" por ministro da Casa Civil Segundo executivo, Yunes foi destinatário de dinheiro vivo para campanha do PMDB
O sigilo sobre as dezenas de colaborações com a Justiça de executivos da Odebrecht segue vigente, mas o pouco que já se sabe delas seguem provocando estragos. Nesta quinta, José Yunes, o amigo de longa data de Michel Temer e ex-assessor presidencial, corroborou, em termos, um dos trechos da delação do executivo da empreiteira, Cláudio Melo Filho, vazada em dezembro à imprensa. De quebra, ele apontou a mira para um homem-forte do Governo, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil).
Segundo a Folha de S. Paulo, Yunes disse que Padilha o fez de "mula" ao pedir que ele recebesse um "pacote" em seu escritório em 2014. Ainda segundo Yunes, citado pela Folha, o emissário do pacote foi Lucio Funaro, um operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-SP). No relato do delator da Odebrecht, o pacote levava dinheiro vivo da empreiteira destinado a campanhas do PMDB, fruto de um acerto feito em jantar com o próprio Temer.
O ex-assessor de Temer, que deixou o cargo em dezembro quando a história veio à tona, afirma que jamais soube o que levava o pacote. Nesta semana, Yunes resolveu, de acordo com o jornal, se adiantar e prestar depoimento espontâneo na Procuradoria-Geral da República, a respeito do episódio
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