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Fed mantém taxa de juros, apesar de melhora na confiança em Trump

Banco central dos EUA conserva a estratégia de três aumentos durante 2017

Painel eletrônico anuncia a decisão do Fed.
Painel eletrônico anuncia a decisão do Fed.AP

O Federal Reserve (Fed) respeitou a tradição de manter as taxas de juros numa faixa entre 0,5% e 0,75%, onde estão desde dezembro passado. A decisão dos membros do Banco Central dos Estados Unidos foi unânime. A linguagem do comunicado tampouco introduz mudanças estratégicas relevantes, o que significaria que a instituição persiste na ideia de encarecer o preço do dinheiro três vezes ao longo de 2017. A próxima oportunidade seria durante a próxima reunião, em março, mas o Fed evitou ser categórico.

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Tratava-se do primeiro encontro do Conselho do Federal Reserve desde que Donald Trump assumiu a presidência. O comunicado não faz referência ao efeito que o plano presidencial poderia ter de potencializar o crescimento econômico cortando impostos, reduzindo a regulação e investindo em infraestrutura. Mas indica duas coisas. Por um lado, que os fatores que aumentam a inflação já não são tão transitórios; por outro, que houve uma alta na confiança dos consumidores e das empresas com relação a Trump.

Em sua avaliação da economia, o banco central norte-americano confirma que a expansão avança em ritmo “moderado” e que o mercado de trabalho continua “se fortalecendo”. “A criação de emprego se mantém sólida”, afirma. Isso permite um incremento do gasto familiar. A inflação sobe, diz a nota, embora continue inferior à meta de 2% no longo prazo. Janet Yellen, presidenta do Fed, já pediu clareza à nova administração sobre suas políticas.

O comunicado, portanto, não muda as expectativas do mercado. Além disso, ainda há margem de tempo suficiente para que os membros esclareçam publicamente como as coisas caminharão até a próxima reunião, prevista para daqui a um mês e meio. Mesmo se decidir não aumentar os juros em março, esse encontro incluirá uma coletiva de Yellen, que poderia aproveitar para detalhar como pensa agir para se desprender dos ativos que acumulou durante as crises.

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