_
_
_
_
_

Conectar-se ao wifi pode ser um desafio desesperador, mas tem jeito

Um estudo com cinco milhões de usuários explica a razão da demora na conexão a uma rede sem fio

Usuário acessa a Internet em um laptop com conexão wifi.
Usuário acessa a Internet em um laptop com conexão wifi.Basilio Sainz

Todos já tivemos a experiência de ver o nosso smartphone meio abobalhado ao tentar se conectar com uma rede wifi, e um recente estudo confirma que isto não é impressão nossa. O levantamento, realizado por pesquisadores chineses dirigidos por Changhua Pei, da Universidade de Tsinghua, usou dados recolhidos dos aparelhos de mais de cinco milhões de usuários do aplicativo WiFi Manager, disponível tanto para Android como para iOS, que participaram voluntariamente no estudo. Foram analisadas 400 milhões de sessões wifi e sete milhões de pontos de acesso.

Mais informações
Google, Facebook e outros gigantes da tecnologia se mobilizam contra medidas de Trump
Quer uma Internet mais rápida? Experimente fazer isso
Hedy Lamarr, a atriz que inventou o wifi
Uma conexão 100 vezes mais rápida do que o wi-fi

O que Pei e seus colegas descobriram é que até 45% das tentativas de conexão a uma rede wifi falham, e que, das que dão certo, 15% demoram mais de cinco segundos, e 5% demoram mais de 10 segundos. Conectar-se a um wifi, portanto, não é tão simples como deveria ser.

O estudo, segundo os autores, é o primeiro a analisar as etapas da conexão, concluindo que a maior parte dos acessos demorados emperra na fase de escaneamento da conexão.

Nessa etapa, depois que o usuário escolheu a rede à qual deseja se conectar, o aparelho atualiza a lista das redes wifi ao seu redor. Mas se durante essa atualização não recebe resposta de algum dos pontos de acesso aos quais perguntou – e a resposta pode se perder por vários motivos – o processo de conexão recomeça do zero, até que a lista seja finalmente atualizada, ou até que o aparelho desista da conexão.

A partir dos dados reunidos, os autores do estudo propõem alterar a forma como os aparelhos montam as listas de redes disponíveis – que, em vez de ordená-la pela potência do sinal, levem em conta variáveis como o modelo do celular ou tablet, o modelo do ponto de acesso, o número de dispositivos a ele conectados e o período do dia em que a tentativa de conexão é feita.

Até 45% das tentativas de conexão a uma rede wifi falham

Mexer com esses dados permite selecionar as redes com melhores chances de oferecer uma conexão rápida e bem sucedida, descartando as que provavelmente vão resultar em erro. Os pesquisadores falam de uma redução de quase 90% nas falhas de conexão e de um estabelecimento dez vezes mais rápido da conexão em 80% das tentativas.

Entretanto, enquanto os fabricantes continuarem utilizando o tradicional método do “quanto mais forte, melhor”, teremos que continuar nos desesperando na hora de acessar redes wifi públicas.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_