_
_
_
_

Ele fazia dupla com George Michael. Hoje, mora em sítio e roda Ibiza de bicicleta

A outra metade do Wham!, Andrew Ridgley se afastou da música e leva vida tranquila

Emilio Sánchez Hidalgo
@ajridgeley (Twitter)

Andrew Ridgeley era a outra metade do Wham!, a banda que no início dos anos 80 lançou ao estrelato George Michael, falecido no último domingo. Em 1986, após cinco anos juntos e 20 milhões de discos vendidos, a dupla se separou com um último show no estádio de Wembley, em Londres, para um público de 72.000 pessoas. George Michael continuou em cena, com todos os holofotes apontados para si, enquanto Ridgeley via desaparecer seu idílio com a fama. Mas nem tudo acabou mal para ele. Um passeio pela conta do britânico no Twitter mostra como ele vive hoje em dia. Trata-se de um praticante inveterado do ciclismo, esporte que pratica em toda a Europa. Em março, foi visto pedalando pela Comunidade Valenciana, na Espanha, e em junho passou por Mallorca e Ibiza. Com seus passeios, arrecada doações para a Fundação Dallaglio, dedicada a jovens em situação de exclusão social. Também no Twitter, ele relata suas viagens gastronômicas e outras atividades.

Segundo a imprensa britânica, não se sabe que profissão Ridgeley exerce hoje. Mora em um pequeno vilarejo na península da Cornualha, no sudoeste da Inglaterra. No início dos anos noventa, abandonou Londres para se instalar em um sítio com sua parceira Karen Woodward, integrante da banda Bananarama. Como diz em seu perfil no Twitter, vive “sentado de chinelos”.

Final da terceira etapa do #DallaglioCycleSlam. A bela Palma de Mallorca em um passeio muito agradável depois das subidas de ontem!

De acordo com o Daily Mail, durante seus cinco anos no Wham! conseguiu acumular uma fortuna de 10 milhões de libras, suficiente para viver sem problemas desde que se saiba administrar bem a quantia. Tentou a carreira solo quando George Michael tomou seu próprio caminho, mas não avançou. Em maio de 1990, lançou o álbum Son of Albert. Não chegou nem perto do sucesso, o que desfez a possibilidade de um segundo disco. Para o Philosophers Daily, que publicou uma reportagem sobre Ridgeley em 2015, se ele tivesse persistido, teria triunfado. Sob o título “Por que Andrew é o vencedor e Michael o perdedor”, o artigo explicava que “Andrew poderia ter ganho muito mais dinheiro se tivesse se empenhado em continuar”. “Não costumamos ver a resignação como uma virtude, mas sim como um fracasso. No entanto, é importante reconhecer que as melhores coisas da vida, como um relacionamento estável ou estar feliz consigo mesmo, exige renunciar a certas emoções”, segue o texto, publicado neste veículo fundado pelo filósofo e escritor suíço Alain de Botton.

Antes de chegar a este desfecho, Ridgeley também fez uma rápida incursão pelo mundo da atuação e nas corridas automobilísticas de Mônaco, ambas tão infrutíferas quanto seu disco solo. A fama de mulherengo e consumidor de drogas vinha de longa data, uma imagem que começou a ser desfeita quando ele conheceu a integrante do Bananarama.

Andrew Ridgeley (esquerda) e George Michael (direita) durante uma apresentação do Wham! em 1985.
Andrew Ridgeley (esquerda) e George Michael (direita) durante uma apresentação do Wham! em 1985.Michael Putland (Getty Images)

Ele a conheceu através do próprio George Michael, que os apresentou. Iniciaram seu namoro em 1990. Pouco depois, adquiriram um sítio do século XV em Wadebridge, que reformaram e tornaram seu lar. Desde então, o ex-integrante do Wham!, sem problemas financeiros graças à fortuna embolsada nos anos oitenta, passa seus dias longe dos palcos.

Já Woodward continua ligada a sua antiga banda, mas “ele prefere uma vida tranquila”, disse ao Daily Mail em 2009. “Ele surfa, joga golfe, se diverte... Nossa vida na Cornualha é assim. Vamos ao pub e ninguém nos perturba”. Apesar de levarem vidas distintas, George Michael e Ridgeley mantiveram sua amizade íntima ao longo dos anos. O músico aposentado expressou seu pesar no Twitter após o falecimento de seu ex-parceiro profissional.

“Ele não tem a intenção de ser famoso novamente ou de se tornar o centro das atenções”, disse um amigo de Ridgeley ao Daily Mail há uma década. Aos 53 anos, a mesma idade com que morreu George Michael, não parece ter mudado de ideia.

Arrasado com a perda do meu querido amigo Yog. Eu, seus entes queridos, seus amigos, o mundo da música, o mundo inteiro. Amado para sempre.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_