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EUA se abstêm pela primeira vez em votação que condena o embargo a Cuba na ONU

Com esta decisão, Obama consolida um pouco mais a normalização de relações com Havana

Silvia Ayuso
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power.DON EMMERT (AFP)

Os Estados Unidos deu nesta quarta-feira mais um passo para a normalização de relações com Cuba ao se abster, pela primeira vez, na votação anual de Nações Unidas para condenar o embargo contra a ilha.

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Há 25 anos a Assembleia Geral da ONU se reúne para votar a resolução “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”. Até hoje, Washington sempre votou não. Israel, o fiel aliado de EUA nesta votação, também se absteve desta vez, fazendo com que a resolução fosse aprovada com 191 votos a favor, nenhum contra e só duas abstenções.

A embaixadora norte-americana ante a ONU, Samantha Power, confirmou pouco antes do debate na sede de Nações Unidas em Nova York qual era a decisão de seu Governo. O assessor de Obama, Ben Rhodes, um dos artífices da normalização de relações, explicou o gesto indicando que “não há motivo para votar para defender uma política fracassada à qual nos opomos”.

Desde que Havana e Washington iniciaram sua aproximação, em 17 de dezembro de 2014, Obama tem defendido insistentemente o levantamento do embargo comercial contra Cuba imposto há mais de meio século. Embora tenha usado seus poderes executivos para limitar o máximo possível seu impacto, o fim do embargo está em mãos de um Congresso que, até o momento, se nega a dar o passo definitivo para a normalização de relações.

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