_
_
_
_

Assembleia Geral da ONU referenda Antonio Guterres como novo secretário-geral

Mandato de cinco anos terá grandes desafios, como a guerra na Síria e a própria reforma da ONU

Amanda Mars
Ban Ki-moon abraça Antonio Gtuterres, seu sucessor como secretário-geral da ONU.
Ban Ki-moon abraça Antonio Gtuterres, seu sucessor como secretário-geral da ONU.LUCAS JACKSON (REUTERS)

A Assembleia Geral das Nações Unidas referendou por aclamação nesta quinta-feira o político português Antonio Guterres como secretário-geral da organização, como sucessor do sul-coreano Ban Ki-moon. Em discurso à Assembleia, Guterres descreveu a ONU como a principal instância de “diplomacia para a paz" e se comprometeu a exercer seu cargo para todos os membros da organização.

Ele tem pela frente um mandato de cinco anos infestado de incêndios – como a divisão das grandes potências por causa da guerra da Síria – e desafios, entre eles a reforma da própria organização, nascida há 71 anos. "Quando estudava história no colégio, as guerras acabavam com vencedores, agora só há perdedores, as guerras duram, se inter-relacionam e fomentam o ódio e o terrorismo”, lamentou o futuro chefe das Nações Unidas.

Mais informações
Ex-premiê português Antonio Guterres consegue a aprovação para ser o novo secretário-geral da ONU
Guterres, um português com determinação e zero inimigos para a ONU
Obama faz um alerta na ONU contra populistas que erguem muros
Seis países latino-americanos boicotam discurso de Temer na ONU
Estados Unidos começam a retirar moradores antes da chegada do furacão Matthew

Guterres “é a opção perfeita para aproveitar os progressos obtidos no passado e confrontar os desafios e incertezas do futuro”, afirmou durante a reunião o atual secretário-geral, Ban, que chegou ao cargo em 2006 e cumpriu dois mandatos. O político português é bem avaliado especialmente por seus dotes diplomáticos e por seu trabalho até alguns meses atrás como diretor da Agência da ONU para os refugiados.

Guterres foi proposto na semana passada pelo Conselho de Segurança, o órgão que tem o verdadeiro poder da nomeação, e comandará a organização a partir do primeiro dia de 2017. A campanha para o nono chefe da instituição fosse finalmente uma mulher não frutificou. “Guterres acabou sendo o melhor candidato dentro deste processo histórico”, disse o presidente da Assembleia Geral, Peter Thomson.

Foi a eleição mais transparente até hoje, com propaganda dos candidatos existentes – havia 13 – e sabatinas com eles, embora o poder estivesse de fato nas mãos dos cinco membros permanentes do Conselho (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), que têm poder de veto.

Samantha Power, embaixadora dos EUA, comentou com humor que “ser mulher não é uma das muitas virtudes do senhor Guterres”, mas confiou em que ele cumprirá sua promessa de equilibrar a presença masculina e feminina numa organização controlada basicamente por homens. Dos 189 representantes nacionais, apenas 37 são mulheres; e, entre os membros do Conselho de Segurança, só há uma embaixadora, justamente Power.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_