_
_
_
_

Wire, a terceira via que quer ser a alternativa ao WhatsApp e Telegram

Empresa, radicada na Suíça, promete respeitar ao máximo a privacidade dos usuários

Aplicativo Wire.Vídeo: GEMA G | EPV
José Mendiola Zuriarrain

A notícia caiu como um balde de água fria: o Facebook exploraria comercialmente os dados e as comunicações do WhatsApp e, a quem não gostou, foi mostrada amavelmente a porta de saída. Um “ou aceita ou saia”, que não agradou nada os usuários e muito menos as autoridades de alguns países da União Europeia que obrigou o gigante de Zuckerberg a cancelar essa medida. O Telegram foi o grande beneficiado por essa incerteza sobre a privacidade do usuário no WhatsApp, mas existe uma terceira alternativa que não para de ganhar usuários e que reúne o melhor desses serviços. Estamos nos referindo ao Wire.

Mais informações
WhatsApp consuma sua advertência: quem não aceitar suas condições vai parar de usá-lo
Google lança o Allo, um WhatsApp com inteligência artificial
Adeus, garota de blusa rosa no WhatsApp. Olá, garoto de azul

A empresa, radicada na Suíça e cujo produto possui o mesmo nome, criou um sofisticado aplicativo de troca de mensagens que reúne o melhor do WhatsApp e Telegram (e também do Mensagens em iOS), evitando ao mesmo tempo os defeitos desses aplicativos. O WhatsApp foi criticado, sem dúvida, por sua privacidade especialmente agora que o Facebook irá explorar comercialmente as comunicações, mas também pela ausência de ligações por vídeo. O Telegram recebeu críticas por sua incapacidade de realizar ligações simples e por vídeo (o serviço preferiu focar unicamente nos chats) e, além disso, existe certa incerteza, já que esse serviço é gratuito e não prevê nenhuma forma de obtenção de ganhos no futuro. Ou seja, os gastos de manutenção são pagos exclusivamente pelo magnata russo Pavel Durov e como o próprio confirmou categoricamente ao EL PAÍS ao ser perguntado sobre o modelo de negócios do serviço: “Não existe”.

Wire é gratuito e no futuro poderá ter 'serviço premium'

O Wire surgiu mais tarde e possivelmente com discrição, mas o aplicativo de mensagens soube aproveitar as circunstâncias multiplicando até quase por seis o número de usuários em sua Alemanha natal após o affaire do WhatsApp. E o aplicativo se mostra ao mercado com argumentos de peso. Para começar, é totalmente gratuito e, segundo seus criadores, jamais terá publicidade e comercializará os perfis e os dados dos usuários.

Mas é um projeto que visa o lucro e seu modelo de negócios consistirá em dar serviços premium a sua crescente base de usuários. Um sistema sustentável que garantirá a continuidade do serviço e que acabará com as dúvidas sobre seu futuro. “Nós nos centramos na privacidade do usuário e nunca a comprometemos para obter rendimento comercial. Não existe e não existirá publicidade e, com certeza, não venderemos dados do usuário a terceiros”, afirma Alan Duric, diretor técnico da Wire, tentando dissipar a incerteza criada por outros serviços. No futuro, planejam a incorporação de “serviços premium” e a entrada no mundo empresarial mediante “soluções seguras de comunicação”.

Permite anexar documentos, realizar ligações de vídeo e enviar GIF

Grátis, multi-plataforma (pode ser utilizado no computador, tablet e celular tanto iPhone como Android) e obcecado pela segurança. Por que todo mundo não usa o Wire? Os responsáveis por esse projeto que já emprega 50 pessoas acreditam em conquistar um nicho, especialmente tendo em vista a expansão vivenciada em apenas um mês na Alemanha. O Wire oferece também ligações simples e por vídeo totalmente cifradas, a possibilidade de se rascunhar mensagens assim como o envio de arquivos anexos. O Wire suporta o envio de GIF e possui também filtro de áudio para os que pretendem se divertir enviando áudios. Terá sucesso no futuro? É difícil saber uma vez que luta contra o peso do WhatsApp, mas os que querem buscar uma terceira via têm uma séria opção a considerar.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_