4 fotosO sonho de paz dos guerrilheiros das FarcSem vestimentas militares, 10 membros do grupo contam quais são seus desejos para a pazCamilo RozoSelvas del sur de colombia - 24 jul. 2016 - 11:45BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaLucelida Sánchez entrou para as Farc em 1984. Agora, tem 46 anos de idade. Ela garante que, desde o primeiro momento, lutou para que a Colômbia se tornasse um país mais justo. Sánchez não tem ideia do que encontrará depois de deixar as armas, mas espera poder continuar trabalhando para reduzir a desigualdade em seu país. Seu caso é parecido ao de Benjamín, de 39 anos. Ele é guerrilheiro desde 1999, além de ter um irmão que também faz parte do grupo, e conta que gostaria de estudar, apesar de ainda não saber muito bem o que: sistemas de informação e aprofundar seus conhecimentos odontológicos são as duas opções que considera.CAMILO ROZODuberney tem 23 anos e entrou para as Farc em 2004. Para passar o tempo lê 'As Veias Abertas da América Latina', de Eduardo Galeano. Os cursos sobre como preparar explosivos e controles remotos já ficaram para trás. No entanto, continua sendo um apaixonado pela engenharia eletrônica. Seu sonho -"tomara que esse processo (de paz) funcione"- é ser engenheiro. No caso de Alejandra Ortiz, de 19 anos, há seis na guerrilha, seu maior desejo é que a Colômbia deixe de sofrer com a guerra. Assim como tantos outros companheiros, ela quer ser enfermeira, apesar de não estar muito convencida a viver em uma cidade. Ortiz prefere ficar pela região de Putumayo.CAMILO ROZOHá 14 anos Eliana entrou para as Farc. Agora, aos 26 anos de idade, e às vésperas da assinatura dos acordos de paz, ela se prepara fazendo um curso de computação, apesar de que, na verdade, gostaria de estudar medicina. Dumar, de 22 anos, e há seis na guerrilha, é um caso fora do comum. Seu sonho é viver na cidade de Bogotá, a capital do país. Ele acredita que ali poderá estudar arquitetura e ser professor, além de militante do Partido Comunista.Ezequiel é um dos mais antigos do acampamento. Tem 56 anos de idade e entrou para as Farc em 1989. Uma cicatriz próxima à sua boca, consequência de um acidente que sofreu antes de se juntar ao grupo, o acompanha há muitos anos. Depois de quase três décadas de guerra, ele agora pensa em se dedicar, exclusivamente, à agricultura, ao cultivo de cana-de-açúcar e mandioca. Outra guerrilheira que não quer nem ouvir falar em se mudar para uma cidade é Yudi, de 34 anos, 18 deles como membro das Farc. Ela é apaixonada pelos animais, e está rodeada por eles o tempo todo. Quando passe a viver como civil, Yudi gostaria de poder estudar para ser veterinária.CAMILO ROZO