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Colômbia bate os Estados Unidos por 2 a 0 na estreia da Copa América

Gols de Zapata e James, que sai lesionado, dão vitória à equipe de Pekerman na estreia da Copa América

Javier Lafuente
James tenta escapar de Yedlin.
James tenta escapar de Yedlin.MARK RALSTON (AFP)

A Colômbia, que tenta superar os tristes episódios das últimas décadas, livrou-se de um que lhe pesava nas costas havia mais de 20 anos. Conseguiu derrotar os Estados Unidos na casa do adversário, onde, em 1994, foi pelo ralo o sonho de todo um país e a vida de um jogador. A homenagem a Andrés Escobar foi prestada por outro número 2, Cristian Zapata, com um gol precoce para espantar de cara todos os fantasmas. Os mesmos que ressurgiram na equipe depois que James, o capitão, deixou o campo com dores no ombro, sem que se saiba, ainda, o alcance da lesão.

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A Colômbia venceu no jogo de abertura, mas não chegou a convencer, levando-se em consideração que teve como adversário um time que decepcionou bastante. Apenas o jovem Pulisic, de 17 anos, fez algo a mais pela equipe de Klinsman, que, em alguns momentos, pareciam mais disposta a jogar futebol americano, tamanha a violência com que atuava, do que o soccer, que vem se se implantando com vigor crescente nos Estados Unidos.

Os jogadores de Pekerman, porém, foram eficazes o suficiente para conquistar a tão almejada vitória na estreia. Os dois gols feitos no primeiro tempo, nas duas únicas oportunidades criadas, enterraram as pretensões da equipe anfitriã. Com eles, a Colômbia já marcou mais gols do que em toda a Copa América passada. Algo sintomático para uma equipe que procura retomar a imagem deixada pela boa atuação na Copa do Mundo no Brasil em 2014.

Logo de início, a Colômbia mostrou que podia realizar algo importante. Um passo na diagonal de Cuadrado para Bacca, que formam o triângulo mágico com James, resultou em um escanteio que acabou sendo fatal. Sem ninguém que o marcasse, Zapata acertou um chute forte da marca do pênalti, colocando a equipe de Pekerman à frente no placar. Um começo mais do que almejado, em um torneio em que qualquer erro pode ser decisivo.

Como tem feito ultimamente, depois do gol a Colômbia recuou, fechou-se, perdendo a posse de bola, o que quase lhe custou bastante caro. Os Estados Unidos, porém, só chegavam a dar alguns sustos em bolas paradas. Sua impaciência foi aproveitada pela Colômbia já perto do intervalo. Um pênalti inocente de Bedoya, que estava com a mão distante do corpo e interceptou a trajetória da bola como se desse um tapa nela, deu a James a oportunidade de ampliar o placar. Um prêmio que estava bem acima do futebol insosso apresentado pelo time de Pekerman.

Mesmo sem ter marcado mais nenhum gol, a Colômbia se mostrou mais consistente na segunda etapa, com Bacca infernizando a vida da defesa norte-americana, mas sem que nenhum de seus companheiros conseguisse concluir as jogadas. Teve uma clara ocasião em que acertou a trave dos Estados Unidos. O atacante do Milan não acertou, mas demonstrou mais uma vez ser a principal referência do ataque colombiano.

O time consolidava a sua superioridade na partida, visível desde o início, quando James, que fazia lembrar mais a sua versão no Real Madri do que a sua atuação na seleção do país, depois de escapar de vários adversários, acabou caindo e se contundindo no ombro. Tentou continuar na partida, mas foi impossível. As imagens do capitão colombiano no banco de reservas, com clara expressão de dor, não indicam nada de bom. Ao que parece, a Colômbia, que enfrenta o Paraguai na terça-feira, ainda não conseguiu afugentar os fantasmas do passado.

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