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Arda Turan ainda está perdido no Barcelona

Volante turco vive a difícil adaptação ao jogo da equipe

Ramon Besa
Arda, junto a Neymar e Messi, em treino do Barça.
Arda, junto a Neymar e Messi, em treino do Barça.Alberto Estévez (EFE)
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David Villa já passou por isso, Quique Estebaranz também, e agora é a vez de Arda Turan. Embora possa parecer simples e agradável, não é nada fácil jogar no Barça. “Quando você se junta com seus novos colegas percebe que o futebol deles é complicado”, argumentou Villa recentemente. “Andam numa marcha acima do resto, a velocidade da bola é mais alta e precisa. Tudo precisa ser muito bem feito”, acrescentou o atacante espanhol. E ainda mais quando se trata de um meio-campista recém-incorporado, como Turan. Até mesmo Xavi e Iniesta levaram muitos anos até conseguir serem titulares no Barcelona.

Arda Turan só completou 4 das 17 partidas que disputou pelo Barcelona. Luis Enrique o substituiu aos 12 minutos do segundo tempo contra o Villarreal, no intervalo contra o Las Palmas e aos 15 do segundo contra o Sevilla. Ele ainda não tem nem o ritmo nem o tom necessários, depois de ficar parado até janeiro por causa de uma sanção da FIFA. Precisa de tempo e competição para se integrar, e talvez chegar a ser um volante completo, como Iniesta – que ocupou o posto de ponta falso e meia armador antes de conseguir a titularidade como volante ofensivo.

Em função do tridente

As funções de um volante mudaram desde a chegada de Luis Enrique. Iniesta foi o jogador azul-grená que mais quilômetros percorreu na partida disputada contra o Arsenal no Emirates Stadium de Londres: 11.490 metros. O segundo foi Sergio Busquets (11.117 m), e o terceiro Rakitic (11.114). O tridente obriga os dois volantes ofensivos a esforços mais continuados e a uma maior mobilização, sobretudo o do lado direito, porque Messi tende a se deslocar para o lugar do meia de ligação ou falso 9. Não é por acaso que um fundista como Rakitic é titular.

Arda se sai melhor ocupando a região de Iniesta, porque Neymar, à sua maneira, defende e corre mais que Messi. O problema se agrava quando os laterais são exigidos por atacantes como Denis Suárez, do Villarreal, que empatou por 2 a 2 com o Barça no domingo. Os volantes se veem então ainda mais exigidos e ficam vulneráveis se não receberem a ajuda dos zagueiros centrais, dos jogadores das laterais ou de Busquets. A função de Arda mudou em relação à que exercia no Atlético. O turco se queixou da carga de trabalho que Simeone lhe exigia. Agora, certamente observou que jogar no Barça não significa descansar mais, defender menos, ou que o sacrifício seja menor, sobretudo se o rival pressiona, como ocorreu no domingo com o Villarreal.

A produtividade de Arda no Barça não é, porém, menor que no Atlético. É o que dizem as médias de perdas de bola (8 por jogo como azul-grená, contra 13 como colchonero), assistências (0,24 x 0,13), gols (2 x 3), recuperações (4,53 x 5), minutos jogados (60 x 73) e toques de bola por minuto (0,94 x 0,7). Talvez aparente ter menos influência no jogo e estar mais ansioso, mais do que nada pelos cartões que recebe, também no Madrigal. Ocorre quando o tridente não resolve, e a equipe precisa ficar mais preocupada em controlar a situação, o que a torna desconcentrada e mais frouxa, chamando a atenção para falhas. Se antes a adaptação era difícil para dianteiros como Villa, condicionados a Messi, agora o problema é para os volantes como Arda, à espera do que farão Messi, Luis Suárez e Neymar.

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