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Mi5 da Xiaomi, o smartphone chinês que combina alta tecnologia e baixo preço

Xiaomi volta a surpreender com o primeiro modelo acessível com o chip Snapdragon 820

Apresentação do novo Xiaomi Meu5. Na imagem, o CEO, Hugo Varra.Vídeo: GIANLUCA BATTISTA / EL PAÍS
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Como uma autêntica estrela, apareceu Hugo Barra em um patinete elétrico, um Hoverboard chamativo que sua empresa chama de Ninebot, circula com velocidade de 16 quilômetros por hora e pode chegar a 20 km/h. O ex-executivo do Google, que se transformou no símbolo internacional da Xiaomi, atuou como mestre de cerimônias na última grande apresentação da Mobile World Congress (MWC), feira de tecnologia móvel realizada em Barcelona. A fabricante chinesa, cujos consumidores mais parecem fãs, revelou sua aposta para 2016. Com razão, esperaram até o terceiro dia do evento para conseguir a atenção desejada.

O telefone Mi5 estará à venda na China na semana que vem. Será o primeiro celular equipado com o processador mais potente do momento, o Snapdragon 820 — de fato, o diretor-presidente da Qualcomm estava na apresentação —, por cerca de 1.500 reais. Custa menos da metade do que os outros modelos apresentados na feira com o mesmo núcleo.

O aparelho inclui uma bateria 3000 mAh em um dispositivo que pesa 129 gramas. Uma maravilha da engenharia cuja chegada em outros países além da China ainda é um mistério. Ao contrário da One Plus, na Xiaomi não são usados convites para controlar a demanda, mas sim suas próprias lojas on-line. Embora a empresa se recuse a falar sobre o assunto, o setor dá como certo que a unidade de telefonia móvel não é rentável, ao contrário de seu universo de acessórios: câmera de ação, uma pulseira que mede a atividade física, o patinete, um humidificador, fones de ouvido sofisticados...

A Xiaomi não é resultado de um milagre, e sim um caso peculiar. A empresa, fundada em 2010, se define como uma startup. Barra chegou do Google em 2013, onde liderava o grupo do sistema Android. Desde então, a empresa subiu para o primeiro lugar na China em seu segmento e já é a quinta maior do mundo. No ano passado, vendeu 70 milhões de celulares. Ao mesmo tempo, a Xiaomi é a marca número um do mundo em vendas de baterias externas, esse acessório desconfortável e útil que recarrega a vida do celular.

O Mi5, protagonista do dia, é equipado com uma antena 4G de última geração e conexão WIFI de até 100 megas.

"O software e os serviços consomem quase todo nosso investimento, contamos com mais de 700 pessoas, mais do que o grupo de hardware", revelou Barra, para reforçar o valor do Miui, seu sistema operacional. Ao contrário da Apple, o software da empresa chinesa funciona com outros modelos Android. É compatível com 347 modelos de 96 fabricantes diferentes. A nova atualização é compatível com o 6.0 do Google. Até reconheceu parte de seu segredo: "O importante não é o número de celulares que vendemos, mas sua atividade. Nosso lucro depende disso, de que nosso sistema operacional seja usado".

O Mi5, protagonista do dia, também é equipado com uma antena 4G de última geração e conexão WIFI de até 100 megabytes. Apesar da fina espessura, tem um sensor de impressão digital frontal, disponibilizado pela primeira vez pela fabricante chinesa, e um chip NFC para pagamentos.

A tela de 5,15 polegadas do Xiaomi exibe qualidade, mesmo sob luz solar direta. A câmera é fabricada pela Sony, com 16 megapixels, e conta com um estabilizador óptico de quatro eixos. A frontal, com sensor luminoso, tem quatro megapixels.

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