_
_
_
_

Sites que carregam mais rápido em celulares já estão disponíveis no Google

As páginas estão escritas em um formato que multiplica por quatro a velocidade

Imagem do site do EL PAÍS no celular.Foto: reuters_live | Vídeo: El País Vídeo
José Manuel Abad Liñán
Mais informações
A imprensa digital se reinventa com um formato universal e aberto
Criptografia é a nova arma do EI
Os dez ‘gadgets’ que marcaram tendência no Google em 2015

Em 2015, 47% dos celulares no mundo tinham conexão de banda larga. Em 2020, essa parcela será de 71%. Apesar do aumento do acesso, muitos sites, especialmente aqueles que, acompanhando a demanda dos leitores, incorporam cada vez mais imagens e vídeos, ainda levam muito tempo para carregar. A partir de agora, caso os sites estejam escritos no formato AMP (sigla em inglês de Páginas Móveis Aceleradas), a velocidade na tela do celular será quatro vezes mais rápida do que nas páginas convencionais.

Essa é a promessa para as conexões 3G dos criadores do padrão AMP, projeto liderado pelo Google com o objetivo de reduzir o consumo de dados. Em média, o consumo é dez vezes menor em um site AMP do que no convencional. O Google e seus parceiros no projeto, a maioria meios de comunicação e plataformas digitais, anunciaram nesta quarta-feira que os sites AMP vão aparecer indexados no maior motor de busca do mundo.

Além do Google, empresas de tecnologia como Twitter, plataformas como o Pinterest, LinkedIn e WordPress; empresas que oferecem soluções analíticas, tais como Adobe e Chartbeat, e grupos de mídia como a BBC, The Washington Post e Frankfurter Allgemeine publicarão conteúdo no novo padrão. A lista de meios de comunicação pioneiros inclui, além do EL PAÍS, como único veículo em espanhol, Die Zeit e FAZ (Alemanha), Les Echos (França), NRC Media (Holanda), La Stampa (Itália), e The Financial Times e The Guardian (Reino Unido).

A velocidade do formato tem como objetivo cativar criadores de conteúdo e plataformas digitais para que gerem sites que, além de carregarem quase que instantaneamente, deslizem bem na tela do celular e evitem os saltos e as lacunas em branco das imagens que ainda não tenham sido carregadas entre os blocos de texto. O formato, ainda na versão 1.0, é o primeiro universal e em código aberto: está disponível gratuitamente para qualquer programador que queira usá-lo no repositório GitHub, que oferece o código-fonte e exemplos de programação.

A empresa do motor de busca também permitirá que o programador de um site AMP possa acessar os dados do Google, que irá fornecer informações precisas sobre as páginas criadas nesse formato e mostrar quais foram indexadas. Também ajudará o programador a detectar erros na programação do site. Graças a uma ferramenta de análise, os veículos também poderão conhecer o número de páginas vistas (e por quantos usuários), além do tempo que permanecem em cada um.

Os anunciantes são outro setor convidado a adotar o novo formato. A publicidade sofre nos celulares. Não só devido aos bloqueadores de anúncios, mas também porque muitos dos formatos nasceram antes do surgimento dos smartphones e, ao impedir o carregamento e leitura dos artigos, podem fazer com que o leitor se canse de ler e saia da página. As páginas AMP prometem aliviar o problema e trazem a possibilidade de carregar publicidade (incluindo formatos próprios para dispositivos móveis) a partir de vários servidores, localizar bem um anúncio na notícia e verificar como são vistos no celular.

118 milhões de reais para projetos na web

O Google apresentou a iniciativa AMP em outubro do ano passado, em Londres e Nova York, e já conseguiu a adesão de 38 grandes meios de comunicação internacionais ao projeto, entre os quais o EL PAÍS, para criar em conjunto um formato adequado para informações lidas no celular.

O projeto faz parte da Digital News Initiative, uma estratégia ambiciosa na qual o Google está investindo cerca de 650 milhões de reais no mundo da informação em constante transformação. Na primeira rodada de financiamento, anunciada nesta quarta-feira em Paris, o presidente-executivo da empresa, Sundar Pichai, destinou cerca de 118 milhões de reais para projetos de inovação de 128 meios de comunicação e organizações de 23 países.

Entre eles se destaca o da startup alemã Spectrum, que irá construir uma ferramenta de inteligência artificial para que os veículos enviem conteúdo aos leitores através de aplicativos de mensagens, como também o projeto HERTZ da PRISA Radio (PRISA é a empresa que controla o EL PAÍS), que ajudará a encontrar no Google programas de rádio on-line, que muitas vezes se perdem nas páginas secundárias do motor de busca.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_