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Bolsas de todo o mundo caem com força e ação da Petrobras despenca

Maiores mercados despencam diante da preocupação global com o fraco crescimento econômico

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As bolsas europeias foram marcadas por fortes quedas nesta quarta-feira. Passaram todo o dia no vermelho, com baixas de 2% a 3%. Uma hora após o início da sessão nos mercados, o CAC40, índice da bolsa de Paris, era o que mostrava o pior desempenho, com uma queda de mais de 3,2%. Era seguido pelo DAX, da Alemanha, que também caía mais de 3%. As perdas diminuíram o ritmo no decorrer da sessão, mas, a duas horas para o fim dos negócios, o índice continuava caindo mais de 2%. Já o Ibex, da bolsa de Madri, não mostrava o pior desempenho do dia, mas perdia cerca de 2,4% às 15h (12h em Brasília).

No Brasil, o índice Ibovespa abriu em queda de 1,82%, e, após ultrapassar queda de 2%, ia finalizando o dia em cenário pouco melhor, em -1,33%, puxada principalmente pela brusca queda da Petrobras, cuja cotação (PETR4) chegou a um mínimo de 4,26 reais, caindo mais de 7%, e fechada o dia em queda de 5%, a 4,42 reais. Já o dólar comercial fechava em alta de 1,24%, a 4,10 reais.

As dúvidas sobre o crescimento econômico global, refletidas nas estimativas divulgadas na terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) — que revisou para baixo em dois décimos as previsões para 2016 e 2017—, estão pesando sobre as empresas negociadas em bolsa. O barril tipo Brent caiu cerca de 2,6% e chegou a ser cotado a 27,7 dólares, o nível mais baixo desde outubro de 2003. A queda acentuada do preço do petróleo, embora vantajosa para alguns grandes importadores, como a Espanha, atinge as economias produtoras, muitas delas emergentes. Esses países reduzirão suas importações, o que acabará afetando o comércio global. Além disso, as grandes perdas que ameaçam as petrolíferas também desvalorizam suas ações.

Por exemplo, a petrolífera anglo-holandesa Shell antecipou nesta quarta-feira que seu volume de negócios vai cair com força nos resultados de 2015, devido ao baixo preço do petróleo. A empresa estima que suas receitas em 2015 totalizem entre 10,4 bilhões de dólares (42,7 bilhões de reais) e 10,7 bilhões de dólares (43,9 bilhões de reais), bem abaixo dos 22,56 bilhões de dólares faturados em 2014 (92,7 bilhões de reais). As ações da Shell caíram mais de 5% após o anúncio.

Da Ásia à Europa

As bolsas asiáticas também encerraram a sessão no vermelho. No fechamento, um pouco antes da abertura dos mercados europeus, o Nikkei japonês havia encerrado com baixa de 3,71%.

Já o índice chinês Shanghai, um pouco mais calmo, perdeu 1%, embora os dados sobre a economia da China, divulgados na terça-feira, tenham sinalizado que o país terminou 2015 com a menor expansão em 25 anos. As bolsas europeias vão pelo mesmo caminho, e o índice Euro Stoxx, que reúne as principais empresas do velho continente, perdia mais de 2,5% na sessão.

Com a queda do Ibex, acima de 2,4% na parte da manhã, o índice espanhol já acumula desvalorização de 12,5% desde o começo do ano. As 35 empresas do índice tiveram forte queda nesta quarta-feira. As mais atingidas eram as que atuam no setor de matérias-primas (como Arcelor, caindo mais de 5,5%, e Repsol, com baixa superior a 3%) e bancos, como o Popular (queda de 5%) e CaixaBank (desvalorização de 4,4%).

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