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PSOE votará contra Executivo liderado por Mariano Rajoy

Sánchez anuncia aos companheiros do partido que optará pela reeleição como secretário-geral

Pedro Sanchez na executiva de PSOEFoto: reuters_live | Vídeo: Samuel Sánchez
Anabel Díez
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O PSOE passa à oposição em virtude das urnas e, no momento, os socialistas seguirão a linha indicada pelos eleitores ao dar a vitória ao Partido Popular (PP). Cabe ao líder do PP, Mariano Rajoy, tentar formar governo, mas não contará com a colaboração do PSOE. Foi o que decidiu Pedro Sánchez, o que certamente será ratificado no próximo sábado no comitê federal convocado para analisar os resultados e estudar as ações do PSOE. O partido tomará poucas medidas nas próximas semanas, conforme manifestou o secretário da formação, César Luena. “O PSOE agirá com prudência e responsabilidade, e é o PP que deve tentar formar governo; mas o PSOE votará ‘não’ ao Executivo liderado por Mariano Rajoy”.

Os números indicam que, se o PSOE votar contra, Rajoy não poderá ser eleito presidente do Governo, pois a abstenção de Ciudadanos não será suficiente. Pedro Sánchez tentará então formar uma maioria alternativa? Não há resposta a essa pergunta, e nem haverá dentro de várias semanas, uma vez que se constate que Mariano Rajoy não poderá confirmar sua posse.

Para Pedro Sánchez não será fácil tentar formar essa maioria alternativa, pois isto demandaria o apoio de todo um leque de forças políticas: Podemos, Esquerda Unida (IU), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Bildu e Partido Nacionalista Basco (PNV). O problema não estaria na IU nem nos membros da PNV, mas em todos os partidos que defendem o direito de decidir, como é o caso do Podemos, ainda que seja para votar contra a independência da Catalunha. Os líderes socialistas que já se pronunciaram, como Emiliano García-Page, presidente da Junta de Comunidades de Castela-Mancha, alertam para a rejeição dentro do PSOE a acordos “que sejam um pastiche”. “A esses companheiros, digo que todos conhecemos bem o artigo 2 da Constituição, que defende a unidade da Espanha”, afirmou César Luena para deixar claro que Pedro Sánchez e sua equipe tampouco aceitariam o direito de decidir.

Sánchez se apresenta

Na reunião da executiva, Pedro Sánchez adiantou aos companheiros que optará pela reeleição à Secretaria Geral do PSOE quando for realizado o próximo congresso ordinário. A reunião deve ser feita em fevereiro, quando se completam quatro anos da anterior. Mas, ante a probabilidade de que na ocasião ainda não tenha sido formado um Governo, o líder do PSOE proporá ao comitê federal adiá-lo até a primavera, sem data definida.

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