Há pouco mais de um ano, quando foi eleito presidente da Câmara, o deputado parecia dar as cartas em Brasília. Até a descoberta de suas contas na Suíça
14 de abril de 2015. Em alta, o deputado Eduardo Cunha (PMDB) comanda uma das sessões de votação na Câmara sobre o projeto de terceirização do trabalho, apoiado por ele. Nessa época, parecia dar as cartas em Brasília, sempre apoiado pela oposição.Gustavo Lima (Câmara dos Deputados)27 de maio de 2015. O deputado Eduardo Cunha (PMDB) recebe em Brasília as principais lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) e Revoltados Online, grupos que lideram os protestos pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) e contra a corrupção. Na foto também estão os deputados Jair Bolsonaro (PP), Paulinho da Força (Solidariedade) e Carlos Sampaio (PSDB), entre outros.Facebook16 de julho de 2015. Primeira complicação: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), foi acusado por um dos delatores da Operação Lava Jato de cobrar 5 milhões de dólares em propina. Trata-se do primeiro indício do envolvimento do deputado no escândalo de corrupção da Petrobras. Na imagem, Cunha participa da posse do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional no dia anterior.Lula Marques (Agência PT)1 de outubro de 2015. A Suíça bloqueia 5 milhões de dólares de uma conta do deputado Eduardo Cunha (PMDB) e de sua mulher. Na foto, Cunha preside uma sessão extraordinária na Câmara.Lula Marques (Agência PT)21 de outubro de 2015. O deputado Eduardo Cunha (PMDB) recebe o último pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) por parte da oposição. Após ser acusado no STF e de ter sido comprovada a existência de contas na Suíça em seu nome, Cunha inicia uma ofensiva para acelerar o processo de destituição.Lula Marques (Agência PT)29 de outubro de 2015. Cresce a pressão popular contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB). Dias antes, uma comissão da Câmara aprovou um projeto de sua autoria que dificulta o acesso a pílula do dia seguinte para mulheres vítimas de estupro. A decisão desencadeia vários protestos no Rio de Janeiro (foto) e São Paulo.Vladimir Plantonow (Agência Brasil)3 de novembro de 2015. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abre oficialmente o processo de cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB).UESLEI MARCELINO (REUTERS)04 de Novembro de 2015. Com revelações diárias sobre suas contas na Suíça e com um processo aberto que pede o seu afastamento da presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB) é surpreendido, durante uma coletiva de imprensa, por um protesto no qual dólares falsos são jogados contra ele.Lula Marques (Agência PT)5 de novembro de 2015. O deputado Eduardo Cunha (PMDB) preside uma sessão na Câmara. Sem conseguir dar explicações sobre a existência de suas contas na Suíça, começa a perder o apoio da oposição, que já discute abertamente o seu afastamento.Lula Marques (Agência PT)2 de dezembro de 2015. Acuado, Eduardo Cunha acolhe pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.J. BATISTA (CÂMARA DOS DEPUTADOS)30 de março de 2016. PMDB rompe com o Governo Dilma. Na imagem, Eduardo Cunha, Romero Jucá e Eliseu Padilha durante a convenção do partido.EVARISTO SA (AFP)17 de abril de 2016. Em sessão presidida por Eduardo Cunha, Câmara dos Deputados aprova o impeachment de Dilma Rousseff.Ueslei Marcelino (Reuters)6 de maio de 2016. STF confirma por unanimidade afastamento de Cunha de seu cargo de deputado federal. Deputados opositores ocupam a Mesa Diretora da Câmara em comemoração.
ADRIANO MACHADO (REUTERS)9 de junho de 2016. Sérgio Moro aceitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra a mulher de Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. (Na foto, o casal durante cerimônia no Congresso em novembro de 2015).EVARISTO SA (AFP)14 de junho de 2016. Por 11 votos a nove, Conselho de Ética da Câmara aprova relatório que pede a cassação de Eduardo Cunha. O documento ainda vai passar pelo plenário. (Na foto, protestos em Brasília durante a votação do impeachment pelos deputados)
Fernando Bezerra Jr (EFE)7 de julho de 2016. Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados.Marcelo Camargo (Agência Brasil)