Partido de Erdogan recupera a maioria absoluta na Turquia
Com mais de 99% dos votos apurados, o AKP consegue 50% nas eleições antecipadas
Os turcos parecem ter escutado a voz de Recep Tayyip Erdogan ao depositar, neste domingo, os seus votos no distrito de Camilla, na parte asiática de Istambul. “É a opção que beneficia a estabilidade da nação”, respondeu o presidente turco ao ser questionado se esperava a eleição de um governo com maioria absoluta nessas eleições. Com mais de 99% dos votos apurados, a emissora de televisão estatal TRT informou que o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islâmico e conservador) de Erdogan conseguiu 50% dos sufrágios, seguido pelo Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata e laico), que alcançou 22%. Os outros dois competidores, o Partido de Ação Nacionalista (MHP, extrema direita) e o Partido Democrático do Povo (HDP, nacionalista curdo) rondaram os 12% de votos, próximos ao fio da navalha eleitoral de 10%, abaixo do qual o acesso ao Parlamento é bloqueado.
Ainda que falte a apuração dos colégios eleitorais de grandes cidades do oeste e do sul do país para o resultado final, analistas políticos turcos e fontes do próprio partido governamental destacam que será difícil que o AKP fique abaixo das 276 cadeiras, que fixam a maioria absoluta na Câmara de 550 deputados. O partido de Erdogan recuperaria a maioria que perdeu nas eleições do último dia 7 de junho, quando ficou com 40% dos votos, pela primeira vez em 13 anos de poder. A impossibilidade de fechar um acordo de coalizão com outra força política forçou a repetição do pleito neste domingo.
A jogada política parece ter funcionado bem para o presidente turco, que aos 63 anos busca mudar a Constituição para dar poderes executivos ao chefe de Estado, de acordo com o modelo que governa a França desde 1958. Não é previsível se o AKP contará com a maioria qualificada de três quintos do Parlamento para poder submeter a emenda constitucional diretamente a referendo. Os turcos participaram das eleições em massa, acima de 80% da população, segundo estimativas da imprensa, em uma jornada eleitoral que se desenvolveu sem muitos incidentes.
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