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Peru se prepara para disputar com a Bolívia um lugar nas semifinais

Gareca monta time competitivo e prepara jogadores para "olhar os grandes frente a frente"

Guerreiro, durante um treino.
Guerreiro, durante um treino.ANDRES STAPFF (REUTERS)

Peru e Bolívia jogam nesta quinta-feira à noite, na gélida cidade de Temuco (700 quilômetros ao sul de Santiago), a partida das quartas de final que desperta menos interesse, exceto pela injeção de moral nos torcedores chilenos por saber que a hipotética semifinal seria contra um adversário, em princípio, acessível. Ambas as seleções ficaram em segundo lugar em seus respectivos grupos (acima da Colômbia e do México, equipes que participaram da Copa do Mundo). Mas a goleada do Chile contra a Bolívia por 5x0 eliminou a boa impressão inicial criada pela Verde, apesar do técnico Mauricio Soria ter dito que poupou os jogadores por saber que a equipe já estava classificada.

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O jogo é precedido por um encontro caloroso entre os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Peru, Ollanta Humala, que apoiou publicamente a reivindicação boliviana de acesso ao mar (bloqueada pelo Chile). Embora tenha causado certa preocupação na véspera da partida, a disputa territorial entre os dois países não teve manifestações públicas durante o jogo Chile x Bolívia. Uma vitória alvirrubra resultaria em uma semifinal muito colorida em Santiago, que abriga uma numerosa comunidade peruana.

O treinador do Peru, Ricardo Gareca, foi escolhido pela organização do torneio como melhor técnico na primeira fase, na qual sua equipe recuperou a força que a levou ao terceiro lugar na última edição, quando contou com uma inspirada boa fase de Paolo Guerrero (artilheiro do torneio). No campeonato atual, venceram a Venezuela, empataram contra a Colômbia e seguraram o Brasil até o lance de gênio de Neymar, apenas aos 89 minutos. Só a Argentina sofreu menos gols na primeira fase. O meia Carlos Lobatón, do Sporting Cristal, foi escolhido como o 11 ideal do torneio até agora.

Gareca não nega que sonha com a conquista do campeonato e prepara seus jogadores para "olhar os grandes frente a frente". O ex-atacante argentino, que jogou com o Boca e o River e teve uma passagem maravilhosa pelo Vélez Sarsfield como treinador entre 2009 e 2013, chegou ao Peru em março com o alvo nas difíceis eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo, das quais a bicolor não participa desde 1982. Gareca está formando um time competitivo e forte, muito prático, coroando dois atacantes veteranos, mas aguerridos e com vigor, Guerrero e Claudio Pizarro, refrescados pela mobilidade do inconstante Jefferson Farfán, depois de ser convocado novamente. Para o confronto com a Verde, Gareca está sem Lobatón e Ballón por excesso de cartões amarelos; provavelmente vai recorrer a Yoshimar Yotún e Edwin Retamoso para armar o meio-campo. No ataque, vai alinhar desde o início o Foquita Farfán com o Matador Guerrero, que ainda não esteve de cara com o gol.

Só Argentina sofreu menos gols na primeira fase

A Bolívia chega satisfeita pelo simples fato de estar nas quartas de final e desperta dúvidas devido ao fraquíssimo desempenho mostrado contra o Chile, depois de um jogo convincente contra o Equador. O técnico Soria vai voltar a usar o seu melhor 11, com Marcelo Martins e Ricardo Pedriel no ataque e Damián Lizio como armador. Sua equipe tem o menor percentual de posse de bola no torneio até agora: 35,14%.

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