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Brasil vai perder o sétimo lugar da economia mundial para a Índia

Relatório com as previsões do FMI indica que a China ainda não deve ultrapassar os EUA

Amanda Mars
Vista aérea da avenida Paulista.
Vista aérea da avenida Paulista. Rafael Neddermeyer (Fotos Públicas)

Sete bilhões de dólares separam a China dos Estados Uniidos, de forma que a grande ultrapassagem, esperada e temida há anos, ainda terá que esperar. As novas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) mantêm a economia norte-americana na liderança do mundo por volume do produto interno bruto (PIB) medido em dólares correntes (ou seja, sem o impacto da inflação) até 2020. Em seguida vêm Japão, Alemanha, Reino Unido e França, mas no sétimo lugar haverá uma mudança ainda neste ano se as previsões se confirmarem: a Índia vai superar o Brasil.

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A previsão da instituição é que a economia brasileira encolha 1% este ano, à medida que a confiança do setor privado chega a níveis mínimos, inclusive depois que as eleições presidenciais reduziram as incertezas, e em meio ao aumento do temor de racionamento de água e eletricidade. O fator principal é a investigação do escândalo de corrupção na Petrobras. Por outro lado, a Índia vai acelerar o crescimento de 7,2% a 7,5% devido aos baixos preços do petróleo e a uma recuperação do investimento. No entanto, quando se olha a riqueza por habitantes, a foto muda radicalmente: 1.626 dólares (4.971 reais) dos indianos ante os 11.640 dólares (35.590 reais) dos brasileiros.

Atrás do Brasil, na oitava posição do mundo, continuariam Itália, Canadá, Coreia do Sul e Austrália entre as posições 9, 10, 11 e 12. Também houve outra ultrapassagem entre essas colocações, com a Coreia superando a Austrália, muito castigada pela queda do preço das matérias-primas.

A Espanha será superada ainda este ano pelo México, caindo para a posição 14. A crise derrubou a economia espanhola em seis lugares em relação ao nono que já chegou a ocupar. Até a Rússia, muito castigada pelas consequências do conflito com a Ucrânia, vai superar a Espanha em 2016.

Mas se essa mesma disputa é feita se medindo o tamanho das economias em comparação com o poder de compra (eliminando distorções que criam os diferentes níveis de preços em cada país, especialmente para levar em conta o valor de bens e serviços que não participam do comércio internacional), as coisas mudam. A China já superou os EUA e assumiu como primeira potência no ano passado nesses parâmetros, à frente dos Estados Unidos, mas no terceiro lugar não aparece o Japão, e sim a Índia. A economia japonesa estaria em quarto, seguida por Alemanha, Rússia, Brasil e Indonésia.

No outro extremo, entre as menores economias entre os 189 países que fazem parte do Fundo, estão Tuvalu, um grupo de ilhas da Polinésia (chamadas antes de Ilhas Ellice) e a República de Kiribati, um arquipélago localizado a noroeste da Austrália. O PIB do primeiro será de 35 milhões de dólares este ano e o do segundo, de 168 milhões. As Ilhas Marshall, em terceiro lugar no fim da lista, terão um PIB de 195 milhões.

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