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Israel coloca suas exigências para que o pacto com o Irã seja “mais razoável”

Netanyahu deseja que Teerã paralise o desenvolvimento de centrifugadores modernos

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.MANDEL NGAN (AFP)

Transformar um “acordo ruim” em um pacto aceitável é o objetivo de Israel até 30 de junho, data prevista para a assinatura de um acordo definitivo sobre o programa nuclear iraniano entre Washington, à frente de seis potências, e Teerã.

Até agora Israel se limitou a criticar o acordo inicial conseguido na quinta-feira da primeira semana de abril em Lausanne (Suíça), mas nesta segunda-feira, o ministro da Inteligência e Assuntos Estratégicos, Yuval Steinitz, apresentou várias exigências concretas para que o texto seja “mais razoável”.

Israel deseja que o Irã paralise a pesquisa e o desenvolvimento de centrifugadores modernos e exige a redução do número dos que já estão em operação. Em um encontro com vários jornalistas, entre eles profissionais do The New York Times e da Agência France Presse (AFP), Steinitz considerou que caso contrário, Teerã poderia produzir urânio enriquecido para uma bomba atômica em três ou quatro meses.

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Além disso, Israel pede o fechamento da usina subterrânea de enriquecimento de urânio de Fordo, o envio para fora do Irã do urânio que já foi enriquecido e o envio de inspetores internacionais “por todo o país a qualquer momento” para verificar se as exigências estão sendo cumpridas. Por outro lado, também considera que o Irã deve explicações sobre todas as suas atividades nucleares anteriores das quais existe a suspeita que pudessem ter fins militares.

Israel não escondeu sua frustração pelo acordo inicial conseguido em 2 de abril. Segundo os responsáveis israelenses, o texto acordado em Lausanne (Suíça) depois de árduas negociações sobre a legitimidade de um “programa nuclear ilegal”, significa a capitulação da comunidade internacional frente ao Irã e coloca em perigo a existência de Israel, mas também representa uma ameaça para o mundo.

As garantias dadas pelo presidente norte-americano Barack Obama ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu sobre a segurança de Israel e os benefícios desse acordo inicial não bastam e o acordo deve ser modificado, consideram os responsáveis israelenses. No domingo, em entrevista a várias redes de televisão norte-americanas, Netanyahu explicou que pretende “matar esse acordo ruim”.

“Ninguém pode nos dizer que nos apoiar e nos ajudar basta” diante de tal ameaça, corroborou Steinitz, referindo-se diretamente às palavras de Obama.

Nos próximos três meses, Israel quer apostar na via diplomática para modificar o texto, mas a opção militar “não está descartada”, segundo o ministro. “A alternativa não é necessariamente declarar guerra ao Irã, mas aumentar a pressão sobre Teerã e conseguir que façam concessões importantes para conquistar um acordo melhor”, insistiu Steinitz.

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