_
_
_
_

Façam suas apostas: and the Oscar goes to...

Uma avaliação de cada categoria da premiação e dos principais favoritos às estatuetas

Gregorio Belinchón
Michael Keaton, em 'Birdman'.
Michael Keaton, em 'Birdman'.

Poucas vezes uma edição do Oscar, como esta de 2015, parecia ter tantos prêmios tão claros. Assim sendo –ainda que sempre existam surpresas– a lista para ganhar as apostas com os amigos seria a seguinte:

1.- Filme: Birdman. Porque ganhou o prêmio do Sindicato dos Produtores. Desde 1996, quando Coração Valente ganhou derrotando Apollo 13, o filme ganhador do prêmio principal havia ganho no Sindicato dos Produtores, dos Atores (SAG) e dos Diretores os prêmios anteriores, que dão as pistas. No ano passado, houve empate no Sindicato dos Produtores, a grande referência para essa categoria, entre 12 Anos de Escravidão e Gravidade. A propósito, os Bafta acertaram nos últimos seis anos, e nessa edição, no entanto, ganhou Boyhood (para este jornalista, o melhor filme dessa cerimônia). Pode ser que a disputa esteja mais equilibrada do que parece.

2.- Direção: Alejandro González Iñárritu, por Birdman. Porque nessa categoria gosta-se do diretor amante do primor, e porque desde 2003 todo ganhador do prêmio do Sindicato dos Diretores repete a vitória no Oscar. A exceção foi Ben Affleck com Argo, em 2012, quando conquistou o prêmio de sua associação sem que nem sequer fosse candidato à estatueta de Hollywood.

3.- Ator principal: Eddie Reymane, por A Teoria de Tudo. Muitos podem apostar em Michael Keaton (Birdman), mas os prêmios do SAG e do Bafta foram para Reymane. E quase metade dos eleitores da Academia é de atores, portanto, mudariam de voto do SAG para o Oscar? Bradley Cooper emplacou sua terceira indicação consecutiva, algo que quase sempre garantiu um Oscar… a menos que você seja Richard Burton.

4.- Atriz principal: Julianne Moore, por Para Sempre Alice. Ganhou todos os prêmios possíveis, está em sua quarta indicação. A noite será de Moore, que recebeu o apoio moral e econômico da Sony Classics. Por sinal, das cinco candidatas, três (Marion Cotillard, Rosamund Pike e Moore) defendem as únicas nomeações de seus filmes. E a outra, Reese Witherspoon, foi indicada por Livre, que só tem mais uma nomeação: atriz coadjuvante, para Laura Dern. Se a estatueta for para Pike ou Felicity Jones (A Teoria de Tudo), e as outras três categorias tiverem os resultados esperados pelas apostas, pela primeira vez venceriam quatro intérpretes indicados ao Oscar pela primeira vez.

5.- Ator coadjuvante: J. K. Simmons, por Whiplash. Pelo mesmo motivo que os anteriores: ganhou todos os prêmios anteriores, em especial o SAG. Ou então, poderia acontecer um Oscar em homenagem a Robert Duvall? Ele recebeu sua primeira indicação aos 42 anos, por O Poderoso Chefão (ganhou com A Força do Carinho). Agora tem 84…

6.- Atriz coadjuvante: Patricia Arquette, por Boyhood. Apesar de ser a 19ª indicação de Meryl Streep –essa ela ganhou de presente–, Arquette –como Reymane, Moore e Simmons– ganhou todos os prêmios prévios ao Oscar.

7.- Roteiro original: Wes Anderson e Hugo Guinness, por O Grande Hotel Budapeste. Ganharam o prêmio do sindicato dos roteiristas, o Bafta… É a sexta indicação de Anderson (bom, esse filme foi responsável por três das seis), é um bom momento para reconhecer seu trabalho, e a Academia aproveita esse prêmio para reconhecer obras que não ganham em outras categorias maiores: Django Livre, Ela…

8.- Roteiro adaptado: Graham Moore, por O Jogo da Imitação. O mesmo: ganhou o prêmio dos roteiristas. Mas o Bafta foi para A Teoria de Tudo, roteirizado por Anthony McCarten.

9.- Fotografia: Emmanuel Lubezki, por Birdman. O mexicano já ganhou no ano passado com Gravidade, mas é difícil encontrar quem supere seu primor técnico nos planos sequenciais encadeados de Bridman. E ganhou o prêmio de seu sindicato. Lubezki já havia sido indicado por filmes de Cuarón, Burton e Malick: trabalha com os melhores.

10.- Animação longa-metragem: Como Treinar o seu Dragão 2, que ganhou o Annie… apesar de Os Boxtrolls estar bem na disputa. Veteranos (DreamWorks) contra jovens (Laika Entertainment).

11.- Filme de língua estrangeira: Ida (Polônia) de Pawel Pawlikowski. Fizeram campanha, ganharam os prêmio do Cine Europeu, é clássico no melhor sentido da palavra… Só pode ser derrotado por Timbuktu.

12.- Documentário longa-metragem: Citizenfour, de Laura Poitras. O documentário sobre Edward Snowden ganhou em sua categoria no sindicato dos diretores, no Bafta e em tudo que teve pela frente.

13.- Trilha sonora: Alexandre Desplat, por O Grande Hotel Budapeste. O gênio francês merece ganhar agora, uma vez que nunca foi vencedor apesar de ter acumulado oito indicações desde 2007. Só tem um rival: ele mesmo, que também compete por O Jogo da Imitação. E a divisão de votos sempre é ruim. Ganhou o Bafta, perdeu o Globo de Ouro.

14.- Figurino: Milena Canonero, por O Grande Hotel Budapeste. Ganhou o Oscar com Barry Lyndon, Carruagens de Fogo e Maria Antonieta. Ganhou o Bafta. Sua rival é Anna B. Sheppard, com Malévola.

15.- Design de produção Adam Stockhausen e Anna Pinnock, por O Grande Hotel Budapeste. Tem rivais duros, como Interestelar e Mr. Turner. Pinnock também compete com Caminhos da Floresta.

16.- Maquiagem e cabelo: Bill Corso e Dennis Liddiard, por Foxcatcher. Questão de um nariz.

17.- Canção: Glory, John Legend e Lonnie Lynn, por Selma. No ano passado, a melhor canção (Happy) perdeu para a Disney (Let it go). Este ano, não parece haver rival para o filme sobre a luta de Martin Luther King Jr. Apesar da concorrência de Everything is awesome.

Mais informações
Moda e Oscar: um amor de cinema
Quanto custa ganhar um Oscar?
Fórmula Iñárritu
‘Boyhood’: todas as idades do cinema

18.- Montagem: Joel Cox e Gary Roach, por Sniper Americano. Mas também estão na briga Sandra Adair (Boyhood) e Tom Croos (Whiplash), que é o verdadeiro merecedor. De todos os candidatos, apenas Cox já foi indicado antes –e ganhou– com Imperdoável.

19.- Mixagem de som: Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley, por Whiplash. Mas são estreantes nos prêmios, e a equipe de Sniper Americano está respaldada por candidaturas e prêmios anteriores.

20.- Edição de som: Richard King, por Interestelar. Já ganhou por Batman: O Cavaleiro das Trevas e Origem, como bom colaborador de Christopher Nolan.

21.- Efeitos visuais: Paul J. Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter e Scott R. Fisher, por Interestelar, apesar de o prêmio da Visual Effects Society ter ido para Planeta dos Macacos: O Confronto.

22.- Curta de animação: Feast, de Patrick Osborne, projetado antes de Operação Big Hero 6 e que ganhou o Annie na sua categoria. Essa disputa está bastante em aberto e não será surpresa se a estatueta for para The Dam Keeper ou The Bigger Picture.

23.- Curta de ficção: Está entre dois britânicos: The Phone Call, de Mat Kirby, e Boogaloo and Graham, de Michael Lennox, que ganhou o Bafta da categoria.

24.- Documentário curta-metragem: O favorito é Crisis Hotline: Veterans Press 1, de Ellen Goosenberg Kent, sobre o telefone de ajuda para os veteranos do Exército. Perfeito para o ano de Sniper Americano. Mas dura 40 minutos, um excesso.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_