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Alemanha e Espanha puxam crescimento na zona do euro

Grécia volta a se contrair e o estancamento continua sendo a tônica na França e na Itália

C. P.
O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, conversa em Bruxelas com o presidente do BCE, Mario Draghi.
O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, conversa em Bruxelas com o presidente do BCE, Mario Draghi.E. DUNAND (AFP)

A zona do euro recupera sua força econômica, embora num ritmo muito mais lento que o exibido pelos EUA. O crescimento do PIB na união monetária europeia ficou em 0,3% no quatro trimestre de 2014, cifra que está 0,1 ponto percentual acima do resultado do período anterior, mas ainda longe de eliminar qualquer dúvida sobre seu futuro.

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O dado preliminar divulgado nesta quarta-feira pelo órgão estatístico Eurostat mostra que Letônia, Hungria, Espanha e Alemanha foram os países do bloco que mais cresceram. O resultado é especialmente significativo no caso das economias alemã (a maior da zona do euro) e espanhola (a quarta maior). Já a França, segunda maior economia da zona do euro, reduziu seu crescimento de 0,3% para 0,1% no quatro trimestre. No conjunto do ano, o PIB regional cresceu 0,9%, enquanto que o da União Europeia teve alta de 1,4%.

Entre os países da zona do euro que apresentaram seus dados dentro do prazo (Irlanda, Eslovênia, Luxemburgo e Malta atrasaram a entrega, o que transforma suas cifras individuais em dados preliminares), as maiores taxas de crescimento no último trimestre do ano foram registradas na Letônia (1,1%), Hungria (0,9%), Espanha e Alemanha (ambas com 0,7%). Por outro lado, as economias de Chipre (-0,7%), Finlândia (-0,3%) e Grécia (-0,2%) encolheram no quarto trimestre de 2014.

A Itália conseguiu deixar a recessão para trás, pois fechou o trimestre no zero, após dois períodos consecutivos no vermelho. Portugal, por sua vez, intensificou uma tímida recuperação, com uma alta de 0,5%, ou 0,2 ponto percentual acima do resultado do terceiro trimestre.

Segundo os dados da sexta-feira, o PIB conjunto da União Europeia (UE) registrou uma expansão de 0,4% nos três últimos meses do ano, frente a 0,3% do trimestre precedente. Os resultados da UE e da zona do euro não são idênticos porque 9 dos 28 países do bloco mantêm as suas moedas nacionais. O bloco registrou uma expansão de 1,3%, o terceiro trimestre consecutivo de resultados no azul. Nesse leque de países fora da zona do euro, cabe destacar o resultado do Reino Unido, terceira maior economia da UE, que viu seu crescimento se desacelerar para 0,5%, ou 0,2 ponto a menos do que no trimestre anterior. Assim, os britânicos deixaram de ser a locomotiva do crescimento europeu atual.

O PIB da Alemanha expandiu-se em 0,7% no quatro trimestre de 2014, acelerando em 0,6 ponto o avanço registrado no terceiro trimestre (0,1%), segundo informações divulgadas na quarta-feira pelo órgão oficial de estatísticas do país, chamado Destatis. “A economia alemã ganhou impulso no final de 2014, e a situação se estabilizou”, afirma o departamento em nota. Ele atribui a maior atividade econômica ao crescimento da demanda interna, fundamentalmente impulsionada pelo consumo doméstico, e à recuperação nos investimentos em máquinas e equipamentos. O setor exportador, depois de um terceiro trimestre ruim, também contribuiu para a recuperação alemã.

No conjunto do ano recém-encerrado, a economia alemã cresceu 1,6%, frente ao modesto avanço de 0,2% em 2013. Na taxa interanual, o PIB alemão aumentou 1,6% no quarto trimestre do ano, 0,4 ponto a mais do que no terceiro trimestre e 0,6 acima do segundo.

A outra face da consolidação do crescimento alemão foi, outra vez, a economia da França. Seu crescimento desacelerou-se para 0,1% em relação ao terceiro trimestre, quando o ritmo de crescimento havia sido de 0,3%. No período, a expansão do consumo doméstico caiu para 0,2% (0,1 ponto a menos do que entre julho e setembro). No ano todo, a alta foi de 0,4%, igual à de 2013. A produção de bens e serviços se manteve estável nos últimos três meses de 2014, e houve uma queda de 0,2% da atividade industrial e de 1% na construção, mas um impulso de 0,4% nos bens e serviços.

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